Opinião

Veneziano prega maturidade dos políticos diante da crise institucional - Por Nonato Guedes

foto: reprodução

O senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (MDB), primeiro vice-presidente do Senado Federal, defende que haja maturidade por parte dos líderes políticos, inclusive da oposição bolsonarista, diante da crise institucional que o País enfrentou neste começo de ano com o espetáculo das invasões e depredações a sedes dos Poderes em Brasília como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, em atos terroristas executados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro inconformados com sua derrota nas urnas e com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Veneziano avalia que os episódios do último domingo foram um duro teste para a democracia brasileira e que esta conseguiu sobreviver, ainda que pagando um alto preço por causa dos atos de vandalismo e da persistência do sentimento golpista entre segmentos refratários ao regime democrático.

Para Veneziano, o caminho para a reconstrução institucional do Brasil, abalada com os incidentes terroristas, é o da legalidade com o respeito à Consrtituição e com a adoção de severas medidas para punir os responsáveis pelo chamado “Capitólio brasileiro”, lembrando que foram reproduzidas em nosso país cenas de violência parecidas com as que ocorreram nos Estados Unidos no bojo da derrota do ex-presidente Donald Trump para o presidente Joe Biden. O Estado de Direito pleno, aduziu ele, pressupõe a identificação de responsabilidades pela mentoria dos atos terroristas a fim de que respondam na forma da lei não só pelo atentado à democracia como pela destruição de imagens caríssimas do patrimônio cultural e artístico nacional. Conforme Veneziano, as evidências sinalizam para a tentativa de um golpe de Estado, que foi ameaçada e alardeada por inúmeras vezes pelos fanáticos bolsonaristas e partidários da desordem institucional.

O parlamentar paraibano teve indiscutível protagonismo em meio à crise que se instalou em Brasília com a eclosão dos atos terroristas, pelo fato de que se encontrava no exercício da presidência do Senado, substituindo ao presidente Rodrigo Pacheco (PSD). Mesmo estando, naquela ocasião, cumprindo agenda de contatos políticos junto às suas bases no Estado da Paraíba, o parlamentar manteve-se informado dos acontecimentos que foram se agravando durante o dia na Capital Federal em proporções alarmantes e diligenciou junto a autoridades para que fosse contido o vandalismo e para que as instituições fossem preservadas. Em razão disso, pôde concluir que houve omissão e/ou falha do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, filiado ao seu partido, o MDB, no oferecimento de garantias contra as ocupações ilegais e na própria manutenção da ordem pública na Brasília conflagrada, como mostraram, ainda ontem, imagens exclusivas conseguidas pelo “Fantástico”, da Rede Globo de Televisão.

Veneziano Vital também manteve-se articulado no diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com ministros de Pastas estratégicas do governo federal e com ministros do Supremo Tribunal Federal, além de atuar junto a lideranças políticas que ocupam cargos-chaves no Congresso Nacional, conjecturando sobre as medidas emergenciais que precisavam ser tomadas para que não se alastrasse a onda golpista que foi desencadeada por apoiadores frustrados do ex-presidente da República. No retorno a Brasília, participou de reuniões com as mais altas autoridades da República para avaliar os acontecimentos e dimensionar o potencial dos danos que foram provocados contra o regime democrático e o patrimônio público. “Os atos, como ficou demonstrado sobejamente, foram inqualificáveis, traduzindo a irresponsabilidade e até mesmo a conivência de autoridades que estão sendo investigadas e que contribuíram de forma direta ou indireta para a barbárie praticada na Capital Federal”, assinalou o parlamentar emedebista.

Por fim, Veneziano enalteceu a firmeza do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não se deixou intimidar com os arreganhos de golpismo e manteve-se permanentemente mobilizado para acompanhar a situação em suas vertentes e variáveis, tomando as providências indispensáveis para o restabelecimento da ordem pública e, ao mesmo tempo, informando-se sobre os elementos apurados com a chancela do Judiciário para identificação de culpados e consequente punição. O Supremo Tribunal Federal, também, segundo Veneziano, fez-se forte mesmo ferido como uma das instituições atacadas pela fúria golpista-bolsonarista que se instaurou como reflexo de uma orquestração acenada insistentemente ainda nos estertores do governo de Jair Bolsonaro, dentro da meta de rasgar a Constituição e tentar reimplantar uma ditadura no país. “A crise amadureceu as lideranças políticas e a sociedade para a imperiosidade de redobrar a vigilância em defesa da democracia. Este é o elo que se estende ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, empenhado em ter o mínimo de tranquilidade para governar e para dar demanda aos desafios que não tiveram solução no desastrado governo anterior”, finalizou o parlamentar paraibano.

Fonte: Os Guedes
Créditos: Polêmica Paraíba