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UMA VACINA COMO TROFÉU: não há decência na briga política por uma vacina salvadora - Por Francisco Airton

Estamos vivenciando, talvez, os momentos mais incertos de nossas vidas já no apagar das luzes (se é que estas existem) do ano de 2020. A humanidade, - após experimentar muito medo, angústias, incertezas e perdas preciosas, vê-se agora diante de uma decisão crucial, que é vacinar ou não vacinar! Diferente de países mais avançados tecnologicamente e que já estão adiantados anos luz no quesito vacinação contra a covid-19, ainda discutimos pelos cantos e em cada esquina de forma quase sempre aglomerada, se tais vacinas que se anunciam são para salvar ou exterminar de vez a humanidade! Eu, particularmente, acredito que acabaremos exterminados mesmo é pela ignorância em que estamos mergulhados, a partir do momento em que não lemos, não nos informamos um pouco mais.

Estamos vivenciando, talvez, os momentos mais incertos de nossas vidas já no apagar das luzes (se é que estas existem) do ano de 2020. A humanidade, – após experimentar muito medo, angústias, incertezas e perdas preciosas, vê-se agora diante de uma decisão crucial, que é vacinar ou não vacinar! Diferente de países mais avançados tecnologicamente e que já estão adiantados anos luz no quesito vacinação contra a covid-19, ainda discutimos pelos cantos e em cada esquina de forma quase sempre aglomerada, se tais vacinas que se anunciam são para salvar ou exterminar de vez a humanidade! Eu, particularmente, acredito que acabaremos exterminados mesmo é pela ignorância em que estamos mergulhados, a partir do momento em que não lemos, não nos informamos um pouco mais.

Afinal, o que poderia haver por trás de uma possível vacinação em massa, senão, a tão almejada imunização contra um assassino invisível, que a tantos já matou e contaminou, somente por aqui? Pelo amor de Deus, do que esse povo sente medo, se o inimigo é outro? Qual o objetivo de se matar mais, se corremos a passos largos rumo aos 200 mil mortos – apenas no Brasil?

No entanto é importante deixar claro que toda essa dúvida é alimentada pelos maus governantes que temos por aqui. Não sei se toda falta de ação em defesa da população é falta de inteligência ou pura maldade mesmo? O Brasil vive desde janeiro de 2019 o desgoverno e o descaso, com um povo sendo constantemente insultado pelo próprio governo que ajudou a eleger! O governo Bolsonaro tem se mostrado incapaz de tomar atitudes positivas em favor da população. Não consegue anunciar um projeto para chamar de seu, tem sempre que culpar alguém pela sua incapacidade administrativa. Um governo voltado totalmente para a família (a dele, é claro)! Despreparado, não aceitou o desastre que se abateu sobre o mundo e, em particular sobre o Brasil. Por conta de todo esse desdém, não se precaveu e nada fez para evitar que a Covid-19 atacasse o país, matando, até o momento, quase 185 mil e contaminando mais de 7 milhões! A teimosia desse cidadão tem prejudicado – inclusive – seus próprios ministros quando algum tenta acertar em alguma decisão. Desqualificar seus próprios ministros não me parece estratégia e sim grande despreparo! Então entendam como quiserem, se é incompetência, prepotência ou maldade pura e simples!

No entanto não posso aqui culpar apenas o Capitão pelo descaso com a vida de quem lhe deu uma sobrevida, o povo que nele acreditou! A verdade é que o eleitor, como sempre, escolheu mal e elegeu políticos que tiraram e ainda tiram proveito dessa pandemia que nos sufoca até o momento. Governadores, prefeitos e secretários por todo o país que, inescrupulosamente desviaram milhões em verbas destinadas ao combate ao mal do século! Como se não bastasse apenas roubar verbas e consequentemente, vidas, os que ainda estão fora da cadeia, posam de bonzinhos e agora travam uma verdadeira batalha entre si com o falso objetivo de “salvar” vidas!

É vergonhoso assistirmos pela televisão e pelas redes sociais, essa disputa política em que se transformou vacinas, seringas e possibilidades de imunização da população. O governador de São Paulo, João Dória, ao sentir que seria vantajoso usar essa possibilidade de imunizar a população, enquanto o governo central, negacionista e insensível, não apresentava nenhuma vontade em adquirir uma vacina (simplesmente por esta primeira ser de um país que brigava com o governo americano, a China (?) e, portanto, também, inimigo de Bolsonaro)! Um governo, além de incompetente, totalmente subserviente aos EUA. Aproveitando-se dessa brecha, Dória anunciou que compraria e vacinaria a todos os moradores do seu estado, sem exceção! Já pensou em trunfo melhor?

O Capitão, por sua vez, não vendo ainda uma ameaça nessa atitude, continuou negando qualquer aceno para uma tentativa de cura! Continuou gritando a todo o pulmão que não se vacinaria e nem obrigaria a ninguém se vacinar também! Deve ser proposital essa tentativa de exterminar a todos – principalmente seu próprio povo! Prática claramente genocida! Nenhum governante brasileiro, em toda a sua história, jamais foi tão ruim para com o seu país! Só praga de mãe bem enfezada, pode ter levado o Brasil a sucumbir nessa sina de políticos corruptos, assumidamente criminosos. Definitivamente, ninguém merece governos assim!

“Bolsonaro age para retirar de Doria protagonismo no processo de vacinação”, diz a manchete do artigo escrito pelo jornalista Josias de Sousa, colunista do UOL que acrescenta que “A estratégia de Bolsonaro inclui lances que revelam a obsessão com que passou a perseguir o objetivo de apagar os holofotes atraídos por Doria”. Bolsonaro inquietou-se com a corrida de governadores e prefeitos para adquirir a CoronaVac. Na quarta-feira (16), dia em que se realizou no Planalto o lançamento cenográfico de um plano nacional de imunização que já viera à luz, havia 12 estados e 1.030 prefeituras na fila de candidatos à aquisição da vacina chinesa testada e fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista.

Bolsonaro autorizou o ministro da Saúde, a restabelecer um acordo com o Butantan. O mesmo acordo que Pazuello havia anunciado em 20 de outubro, numa reunião com 24 governadores, e que o presidente mandara rasgar humilhando e exibindo nas redes sociais um vídeo com a frase que se tornou símbolo da subserviência do general —”É simples assim: um manda, e o outro obedece”. E agora vem esse mesmo ministro, acrescentando que não há razão para duvidar da capacidade que o Brasil tem para conduzir o plano de vacinação contra Covid-19, candidamente indagar “Por que essa ansiedade, essa angústia”?  A verdade é que, é fato, o Governo Bolsonaro descumprir promessas sempre voltando atrás no que diz, como ocorre agora, ao retirar professores da fase 2 de vacinação, diferente do que havia prometido o governo, por meio do MEC.

Mas sabendo como tudo por aqui só funciona na base da pressão, a vacinação – apesar de ser fruto de uma disputa política indigesta – o Governo Bolsonaro não irá vacinar essa população apenas por uma vontade política ou por uma tentativa de vencer o Dória nessa queda de braço. Ele continua por desencorajar o seu gado a se vacinar! Por essa incitação, é impossível não lembrar o pregador religioso, ativista, fundador e líder da seita Templo dos Povos, Jim Jones, famoso devido ao suicídio/assassinato em massa em novembro de 1978 de 918 dos seus membros em Jonestown, Guiana, além do assassinato do congressista Leo Ryan e de quatro mortes adicionais em Georgetown, capital guianense. No massacre induzido, quase 300 crianças foram assassinadas, quase todas por envenenamento por ingestão de cianeto. Apesar da ligeira inversão de posição nos fatos, diferente do Jim Jones que provocou a morte dos quase mil seguidores, Bolsonaro esnoba todas ás mortes e leva pessoas a não se vacinarem pondo em risco as próprias vidas e a vida dos seus!

Apesar de tudo isso, vejo e ouço pessoas próximas ainda parecerem não estar entendo a gravidade do problema e que a vacina pode ser a única saída à sua frente e, mesmo assim, insistirem em afirmar que não se vacinarão e nem deixarão que vacinem o seus. O mais triste nisso tudo é ver todo o esforço de Bolsonaro em atrapalhar qualquer iniciativa de uma vacinação em massa e o seu esforço em ameaçar e impor o medo nos mais desavisados ao querer determinar que o cidadão que se decidir por se vacinar e permitir a vacinação de familiares, a assinarem um termo de responsabilidade. Isso é puro terrorismo!

Mas, é bem aí que entra o STF e diz que não será assim como o presidente está imaginando! Por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal definiu nesta quinta-feira, 17, que é obrigatória a vacinação contra a Covid-19, mas ninguém será vacinado a força. A União, os municípios, os 26 estados e o Distrito Federal estão liberados a criar leis para aplicar sanções a quem não quiser tomar a vacina. Ou seja, a compulsoriedade será determinada por meio indireto. Quem recusar o imunizante poderá ser impedido de receber benefícios, frequentar espaços públicos ou assumir determinados cargos. O ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso, votou a favor da vacinação compulsória e argumentou: “ela já é obrigatória no Brasil”. Todos os outros ministros do STF, com exceção de Kassio Nunes Marques, acompanharam integralmente o relator. O STF também determinou que os pais não poderão deixar de vacinar os filhos por motivos ideológicos. Não há dúvidas de que aí está uma imposição boa! A ansiedade da humanidade é perfeitamente entendida, senhor Ministro e não me importo se vou virar jacaré. Eu preciso da vacina, a minha família anseia pela imunização e você – pobre ou rico – sabe que todo o esforço na fabricação e aquisição urgente de uma vacina, pode, sim, ser a salvação tão aguardada!

Fonte: Francisco Airton
Créditos: Polêmica Paraíba