Uma fábrica de vírus no Brasil e o pior momento da pandemia - Por Suedna Lima

Aqui estou eu mais uma vez para falar sobre esse inimigo invisível que nós estamos lutando há um ano. Muitas vidas se foram, muitos sonhos destruídos, muitas casas vazias… O novo normal se tornou normal, onde mais me parecia que não existia vírus, e que não estávamos enfrentando uma das piores fases de nossas vidas.

Parando para pensar por alguns segundos, até parece que tudo o que estamos vivendo faz parte de um filme. A Covid-19 mudou de alguma forma a vida de todo o mundo, a nossa forma de viver já não é mais a mesma. A nossa felicidade e o brilho no olhar foram levados pelo inimigo mais difícil que nós vamos ter que enfrentar em todas as nossas vidas.

A nossa luta completou um ano, são mais de 250 mil vidas perdidas só no Brasil, 250 mil sonhos, 250 mil famílias destruídas. E após tantas destruições, me parece que a população “aprendeu” a conviver com esse vírus, parece tanto, que nós já estávamos vivendo como se ele não existisse mais.

A teimosia e a falta de noção da população gerou uma nova onda e fez quase colapsar os sistemas de saúde. As ruas começaram a lotar como se não houvesse vírus; festas e baladas estavam acontecendo, o uso de máscara a gente nem via mais… E aí, fomos obrigados a voltar ao início. Estamos vendo o Brasil ter o seu pior momento da doença enquanto o resto do mundo avança.

É como se as pessoas tivessem se acostumado com o caos, e na verdade não se importassem mais… A morte virou uma coisa normal, os hospitais voltando a encher não impressiona mais ninguém, isso para mim chega a ser assustador! É assustador ver que as pessoas que temiam o vírus em março do ano passado, hoje andam nas ruas como se fossem melhores amigos do Covid-19.

Nós arriscamos! a população acreditou que o pior já havia passado, a vacina chegou e trouxe com ela coragem, e essa coragem fez a gente chegar em um pior momento. Os hospitais referência no tratamento contra a Covid-19 na Paraíba estavam quase cheios, e um ano depois começamos a ouvir novamente: “Fique em Casa”.

O Brasil se transformou em uma nova fábrica do vírus, que veio de forma mais forte e mais transmissível. O medo começou a tomar conta das pessoas novamente, mas não o suficiente para nos fazer recuar! Novas medidas protetivas tiveram que ser tomadas, hoje vivemos um toque de recolher que pode virar um lockdown.

A verdade é que não devemos baixar a guarda! O vírus existe, está solto e está matando muita gente. Nós morremos, mas o vírus não! Ele replica.

Os cuidados precisam se manter os mesmos, aquele medo que nós tínhamos lá no início do ano precisa ser o mesmo.

Então alertem suas famílias, seus amigos, vizinhos, colegas de trabalho, seja lá quem for! O momento ainda é de luta, de cuidados e de sabedoria para continuarmos nossa batalha contra o inimigo que nos cerca.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica PB