opinião

Transporte Coletivo: “bom ou ruim, o responsável é o Governo” - Por Mário Tourinho

Para a elaboração deste texto, valho-me de um vídeo que o amigo Jamacyr Mendes enviou e no qual consta um comentário do jornalista Heron Cid, obviamente feito em uma das edições dos espaços midiáticos que diariamente ocupava antes do atual período eleitoral. Quer dizer: o comentário de Heron Cid corresponde a um seu posicionamento pessoal já de antes da campanha eleitoral na qual atualmente deve estar debruçado, porquanto agora ele se encontra como candidato a deputado federal.

Para a elaboração deste texto, valho-me de um vídeo que o amigo Jamacyr Mendes enviou e no qual consta um comentário do jornalista Heron Cid, obviamente feito em uma das edições dos espaços midiáticos que diariamente ocupava antes do atual período eleitoral. Quer dizer: o comentário de Heron Cid corresponde a um seu posicionamento pessoal já de antes da campanha eleitoral na qual atualmente deve estar debruçado, porquanto agora ele se encontra como candidato a deputado federal.

Naquele seu comentário, o jornalista Heron Cid enfatizava: “O pós-pandemia mostrou que o modelo de transporte coletivo no Brasil, se já estava ruim, piorou… ficou insustentável! E isto não é um problema só das empresas operadoras desse serviço e dos passageiros, não! Essa questão tem como principal responsável o Governo, em todas as suas esferas!”.

Mais adiante, nesse seu comentário, Heron Cid aponta que em todas as partes do mundo, onde o transporte coletivo funciona com eficiência e prestando serviço de qualidade à população, o lado mais forte para tal funcionalidade é a participação do Governo, que inclusive o subvenciona. Ou seja: atua, claro, tanto no planejamento quanto na fiscalização, mas também o fazendo com o comprometimento de recursos públicos para minimizar o valor tarifário, o que significa “diminuir o ônus que no caso brasileiro só recai nos ombros dos passageiros”.

Cabe aqui, portanto, como ilustração às preocupações e críticas contidas no comentário de Heron Cid, mencionar o exemplo do “famoso transporte público de Londres”: – ano passado, em face da pandemia, e considerando a abrupta queda de receita das empresas operadoras do transporte coletivo londrino, o Governo injetou, adicionalmente, portanto repassando às empresas operadoras, nada menos do que 1,6 bilhão de libras, significando, na moeda brasileira, cerca de R$ 9,6 bilhões.

Eis outros dados comparativos:

– Neste mesmo espaço já informei que o município brasileiro que mais subsidia seu transporte coletivo urbano é São Paulo,    eis que, para que o passageiro  de lá só pague R$ 4,40 da tarifa técnica calculada em R$ 8,71, a Prefeitura está comprometendo, este ano, em seu orçamento, 4 bilhões de reais… 4 bilhões de reais relativamente a uma cidade de 12 milhões de habitantes, enquanto em Londres, com 9 milhões de habitantes (25% a menos), está comprometendo quase 10 bilhões de reais (cerca de 6 bilhões de reais a mais que São Paulo);

– Recentemente o  Governo  Federal anunciou a liberação de R$ 2,5 bilhões para pagar o auxílio caminhoneiro e o auxílio taxista… e, no que sobrar (sobrará?!…) repassar aos municípios brasileiros como contribuição ao financiamento das gratuidades dos idosos no transporte coletivo urbano. Comparado este valor com aquele da cidade de Londres, aqui já mencionado, este, do Governo Federal, é simplesmente “ridículo”!

Considerando, pois, as preocupações contidas no vídeo em que consta o  comentário de Heron Cid, é de esperar-se que ele, se alcançar a deputação federal, seja uma voz vibrante na defesa da aprovação de lei que comprometa todas as esferas de Governo na subvenção do transporte coletivo urbano e assim propiciar que esse serviço faça-se com sustentabilidade e, consequentemente, com mais qualidade!

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba