Por uma vacina moral contra o vírus da desinformação e da maldade - por Felipe Nunes

O senador José Maranhão (MDB) continua internado em hospital privado de São Paulo, em tratamento contra o novo coronavírus. Conforme o último boletim médico, seu quadro de saúde é estável. O paraibano segue em ventilação mecânica, sem febre, e lutando a cada minuto pela recuperação.

Fora do hospital, a família e os amigos do senador enfrentam uma segunda luta, contra o vírus da desinformação e da maldade de quem encontra espaço para confabulações políticas e mesquinhas. O trabalho para responder comentários maliciosos nas redes sociais, tornou ainda mais difícil o contexto de espera e de expectativas sobre a saúde do ex-governador.

O primeiro desabafo partiu da filha de Maranhão: “Lembre-se que por trás do político, existe o marido de alguém, o pai e avô de alguém que neste momento está sofrendo por ver o seu ente querido vítima da COVID. Infelizmente as pessoas falam sem pensar… Só quem passa por um momento como esse é que sabe”, escreveu.

E ela tem razão. A pandemia do novo coronavírus, além de ter colocado de joelhos o planeta, e tirado a vida de milhares de pessoas ao redor do globo, ficou marcada também pela pela falta de sensibilidade entre irmãos, e pela mentira generalizada. Há quem não respeita os fatos, as circunstâncias nem a dor dos que estão perto ou longe.

Tudo isso nos leva a concluir que, a despeito da vacina contra o novo coronavírus, que deve ser aprovada em breve no Brasil – sendo o início da solução para o problema sanitário -, haveremos de discutir, também, uma segunda vacina: que seja eficaz contra o vírus da desumanidade e da falta de compaixão. A solução, a meu ver, é o retorno ao bom senso através da educação e do amadurecimento.

Ao senador José Maranhão e a todos que lutam contra a Covid-19, saúde e recuperação. Às suas famílias, solidariedade.

Aos maliciosos, a cura espiritual.

Por Felipe Nunes, jornalista profissional e mestrando em Jornalismo na Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Felipe Nunes