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Politicas culturais em asfixia no Brasil: a ameaça do governo federal em privatizar Fortaleza de Santa Catarina - Por Rui Leitão

Causa preocupação e tristeza a notícia de que o governo federal está ameaçando privatizar a Fortaleza de Santa Catarina

Causa preocupação e tristeza a notícia de que o governo federal está ameaçando privatizar a Fortaleza de Santa Catarina, um dos mais importantes monumentos históricos de nosso estado. É mais uma medida que torna evidente o desapreço que o atual governo tem por tudo o que se relacione a cultura. Atacar o campo cultural é uma manifestação de desinteligência.

Parece até uma atitude revanchista em razão de que a maioria dos promotores culturais não apoiou a candidatura do atual presidente da república. Percebe-se também um ranço ideológico, por não aceitar a diversidade de pensamento. A cultura não pode, nem deve, receber um carimbo de posição política única.

Falta a compreensão de que a cultura é parte importante de uma agenda política de desenvolvimento de toda e qualquer sociedade. Afinal de contas a cultura é a identidade de um povo. Através da cultura se desenvolve o senso crítico dos cidadãos, possibilitando reflexões sobre a vida individual e social. Talvez seja esse um dos motivos maiores para essa asfixia que vem se impondo às políticas culturais no Brasil. Não há interesse que o povo pense por si próprio, tenha a capacidade de questionar, posicionar-se livremente sobre as questões que digam respeito ao seu modo de viver.

Um país sem cultura despreza o passado, ignora o presente e não planeja o futuro. Porque a ação cultural tem o poder de se afirmar como transformadora social. Em direção contrária a isso o Estado tem fechado as portas para a Cultura, denotando a ausência de compromisso com a continuidade das políticas até então empreendidas para o fortalecimento desse setor.

É preciso, pois, sensibilizar a opinião pública para a crise que está afetando o campo cultural. Abracemos então a campanha em defesa da valorização das iniciativas culturais, em especial, a preservação do nosso patrimônio histórico. Unidos seremos fortes para a reação.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Rui Leitão