Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Precinho Zé Araújo - Por Sérgio Botelho

Virou uma expressão comum. Bastava você falar, sobre o valor de alguma mercadoria que o preço dela era um “precinho Zé Araújo” para todo mundo saber que se tratava de algo barato. Esse era o bordão mais conhecido das Casas José Araújo. Virou sinônimo na boca do povo.

Foto: Internet

Virou uma expressão comum. Bastava você falar, sobre o valor de alguma mercadoria que o preço dela era um “precinho Zé Araújo” para todo mundo saber que se tratava de algo barato. Esse era o bordão mais conhecido das Casas José Araújo. Virou sinônimo na boca do povo.

As Casas José Araújo, “onde quem manda é o freguês” era uma loja de confecções que havia em João Pessoa, com sede em Recife, e que marcava suas propagandas exatamente lembrando que naquela loja se praticava o “precinho Zé Araújo”. “As coisas do meu Nordeste são bonitas de lascar. Uma boneca de feira, de pano toda enfeitada, coisas de gente bem simples, que não é sofisticada.

O precinho Zé Araújo, todas compram sem chorar, costurando sua roupa, roupa nova vai usar, um vestido por semana, e a vizinha vai pensar: isso é aquela mulher, que sabe economizar”. Termina o jingle, e entra o locutor: “Casas José Araújo, onde quem manda é o freguês”. A publicidade das Casas José Araújo se fazia, assim, utilizando linguagem e valores nordestinos para imprimir a marca na cabeça das pessoas, e, especialmente, o “precinho Zé Araújo”.

Aliás, deixe explicar o que é possível encontrar no site da empresa, criada em 1890, na cidade de Pesqueira, em Pernambuco: ainda tem loja funcionando e fazendo propaganda regular do “precinho Zé Araújo”, na capital pernambucana. Nos tempos de maior expressão empresarial, as Casas José Araújo, fundada por José Araújo e Albuquerque, tinha filiais em Pesqueira, em Maceió, João Pessoa, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, sendo que, em Recife, havia vários endereços.

Ainda hoje quando quero me referir a algo que encontrei e que considero barato, mantenho a mania de chamar de “precinho Zé Araújo”. Em João Pessoa, as Casas José Araujo, à época em que brilhava, concorria mais diretamente com outras lojas famosas como As Nações Unidas (Tecidos Cardosos, também do Recife) e as Casas Bezerra Gomes e Armazéns do Norte, para lembrar de duas delas.

Fica, assim, registrado na série Parahyba e suas Histórias o bordão que já foi muito popular em João Pessoa do “precinho Zé Araújo”.

Fonte: Sergio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba