Um equipamento que marca a passagem da primeira para a segunda metade do Século XX, na vida comunitária pessoense, é o Mercado Central de João Pessoa. Sua inauguração aconteceu em 1948, após cinco anos de construção, a cargo do engenheiro pernambucano, Antônio Baltar.
Antes do Mercado Central, existiram, na condição de mais famosos, no Centro, o Mercado da Beaurepaire Rohan, fazendo esquina com a Rua da República, o Marcado de Tambiá, na esquina das atuais ruas Visconde de Pelotas e Barão do Abiahy, onde algum tempo depois existiria o Cinema Municipal, e outro nas proximidades da Praça XV de Novembro, próximo ao Porto do Capim.
A obra foi construída para centralizar e organizar a atividade comercial da cidade, especialmente a venda de alimentos frescos e produtos de primeira necessidade. Sua criação atendeu à premência de disciplinar o abastecimento urbano, substituindo experiências pouco higienizadas por um espaço fixo e controlado, sob responsabilidade do poder público.
O objetivo era garantir melhores condições sanitárias, facilitar a arrecadação de impostos municipais e reforçar a dinâmica econômica do centro da cidade, que então concentrava as principais atividades comerciais, já densamente povoado.
“…longe da tradicional implantação pavilhonar de edifício único abarcando todas as funções, se organizou em cinco prédios distintos unidos por uma rua em “Y” e cobrindo uma quadra de 31.000 m². O aclive de 8,00 metros, a partir da entrada principal, levou à criação de patamares para a implantação do conjunto. A arquitetura surgiu da necessidade de reduzir custos e repetir componentes estruturais industrializando o canteiro. Assim, ergueu-se a primeira obra na Paraíba utilizando elementos pré-moldados em concreto”.
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Essa descrição física do Mercado Central de João Pessoa está no documento acadêmico “Mercado Central de João Pessoa – PB: relato da experiência de intervenção”, de Marco A. F. Coutinho e Wylnna C. L. VIDA, apresentado no 9º Seminário Docomomo Brasil-Interdisciplinaridade e Experiências em Documentação e Preservação do Patrimônio Recente, em junho de 2011, na capital federal.
O documento expõe projeto de requalificação do equipamento, elaborado em 2006, do qual os autores participaram.
O crescimento urbano pessoense nas últimas sete décadas, após a inauguração do Mercado Central, fez com que surgissem mercados públicos em praticamente todos os bairros pessoenses. Contudo, a feira do Centro mantém intensa atividade de comércio, comportando ainda grande número de pequenos e médios comércios em seu derredor.
O Mercado Central de João Pessoa, situado na Avenida Dom Pedro II, abre de segunda a sábado, das 5h30 às 19h20, permanecendo fechado aos domingos.
Embora o comércio em geral na cidade funcione das 9h às 21h nesses dias e das 12h às 18h aos domingos e feriados, é recomendável conferir previamente os horários do Mercado Central, pois podem sofrer alterações em datas comemorativas ou durante eventos especiais.
Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba
Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
