PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Energia elétrica em Campina Grande - Por Sérgio Botelho

Outro dia escrevi sobre a inauguração da energia elétrica em João Pessoa, na época Parahyba. O auspicioso fato aconteceu, segundo a maioria das fontes que acessei, em 14 de março de 1912.

Dois anos depois seria a vez dos modernos bondes elétricos passarem a transportar gente pelas ruas e bairros da capital.

Apesar de Campina Grande ser, naquele momento, a segunda cidade do estado no que diz respeito à área urbana, mas a primeira em comércio, com destaque para o algodão (então apelidado de ouro branco), a energia elétrica somente chegaria à Serra da Borborema em 29 de setembro de 1920, mais de oito anos depois.

Curioso é que entre 1912 e 1920 cidades menores como Sapé, Bananeiras e Guarabira passaram a desfrutar dos serviços de eletricidade, dessa forma, antes de Campina, que já era servida pelo trem ligando a cidade à capital e a outros estados nordestinos.

Segundo o documento Luzes nas Cidades Cinco Bocas de Sertão do Brasil no Início do Século XX, da Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC), o dia da inauguração da energia elétrica em Campina Grande foi um dia de festa, havendo grande concentração de pessoas nas ruas do centro da cidade.

E não podia ser diferente, uma vez que a luz elétrica representava o progresso de forma muito expressiva, ainda mais numa urbe em que se respirava negócio por toda a parte, na época vivendo sob a luz de lampiões e sem tecnologias mais modernas que incrementassem a atividade econômica.

A concessão foi feita à firma H. Brito & Cia, uma empresa pequena com um motor de 100 CV e um gerador de 65 KW. Em 1925, a empresa, agora propriedade de Armando Brito, modificou o nome para Empresa de Luz e Força de Campina Grande.

Conforme o documento da SBHC, já citado, a primeira expansão e melhoramento do serviço de iluminação elétrica em Campina Grande ocorreu em 1927, quando foi adquirido um motor de 200 HP. Em 1940, a prefeitura campinense comprou a empresa, que passou a se denominar Serviços Elétricos Municipais – SEM.

Alterações e ampliações foram feitas no decurso de 1940 a 1951 por meio da compra de novos motores. Contudo, somente em 1956 é que o serviço de energia elétrica de Campina passou a ser fornecido pela Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso – CHESF, o que naturalmente exigiu adequações na rede de distribuição.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Sérgio Botelho

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.