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PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS. O Instituto Presidente Epitácio Pessoa (IPEP) - Por Sérgio Botelho

Na década de 1970 surgiu para brilhar um novo colégio, inicialmente na Avenida Epitácio Pessoa, depois se expandindo por quatro unidades de ensino em João Pessoa. Falo do Instituto Presidente Epitácio Pessoa, o IPEP.

imagem: reprodução/internet

A história dos colégios particulares em João Pessoa teve início basicamente com os ditos confessionais, de orientação religiosa, a exemplo de Pio XII, Pio X, Sagrado Coração de Jesus, Instituto Dom Adauto, Colégio Nossa Senhora das Neves e Colégio Nossa Senhora de Lourdes (as Lourdinas) e, pouco depois, com o João XXIII e o Stella Maris.

Ainda na década de 1960 apareceram colégios particulares não confessionais, a exemplo do Lins de Vasconcelos, Getúlio Vargas, Underwood, Instituto Rio Branco e Afonso Pereira, cada um absorvendo algum naco da demanda crescente por ensino médio. Na década de 1970 surgiu para brilhar um novo colégio, inicialmente na Avenida Epitácio Pessoa, depois se expandindo por quatro unidades de ensino em João Pessoa. Falo do Instituto Presidente Epitácio Pessoa, o IPEP.

É preciso anotar, para o bem da história toda, que o IPEP não surgiu, assim, do nada, mas em função do prestígio da professora Maria Bronzeado Machado, da safra de grandes professoras pessoenses a exemplo de Tércia Bonavides, Adamantina Neves, Adélia de França, Zilda Cabral, Olivina Olívia, entre outras. Do Externato Epitácio Pessoa, conduzido por Maria Bronzeado, desde a década de 1950, é que se garantiu o IPEP.

O novo colégio já apareceu com jeito de colégio grande, pontificando, além do ensino, nos esportes e nas disputas de bandas marciais na capital paraibana. A partir do aparecimento do Ipep, por exemplo, as disputas nos Jogos da Primavera, desde o desfile pelas ruas da capital aos ginásios esportivos pessoenses, passando pela escolha da rainha e a definição dos campeões gerais, jamais foram as mesmas. Havia, então, as equipes do Ipep, com o verde se sobressaindo nas quadras e nas torcidas. Tanto quanto do Lins de Vasconcelos, foi dos bancos do Ipep que saíram diversos alunos pioneiros do curso de Educação Física da Universidade Autônoma, de forte tradição na capital da Paraíba.

Hoje, não existem mais fisicamente nem o Ipep nem a professora Maria Bronzeado, que já nos deixou. Contudo, a existência dessas duas instituições, colégio e educadora, se constituem em informação indispensável para que se entenda não apenas a educação, como a própria sociedade pessoense, com o Instituto e sua criadora compondo o quadro da saudade de outros tempos da vida pessoense. A título de conclusão, apenas registrar que foi o Ipep quem conquistou, em definitivo, a Taça José Américo de Almeida Filho, dos Jogos da Primavera, após ser campeão geral por três vezes consecutivas.

Mas o que foram os Jogos da Primavera, que já é a segunda vez que toco no assunto nesta crônica? Pois bem. Essa história será contada em um capítulo especial da nossa série Parahyba e suas Histórias, atentando para informações especiais do meu amigo Professor União, um desportista que também brilhou entre os atletas do IPEP.

(A foto, copiada do grupo de Facebook “Família IPEP”, é de uma comissão de frente do IPEP, em desfile dos Jogos da Primavera)

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Sérgio Botelho