Está completamente enganado quem pensa que o imbróglio político causado na cidade de Princesa Isabel acabou. Embora já tenham transcorridos dias, a reação contra a forma como foi realizada a reunião de lançamento “oficial” da candidatura de Efraim Filho para o Senado, não veio só do governador João Azevedo.
Para que saibam, na última quarta-feira (01), durante uma entrevista concedida ao vivo ao programa “Arapuan Verdade”, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), com a experiência política que lhe é peculiar, já estava preparado para a pergunta que lhe foi feita pelo repórter sobre a possível candidatura do deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) ao Senado Federal e, de forma peremptória, respondeu que “iria centrar todos os esforços pela candidatura de Aguinaldo Ribeiro ao Senado Federal”. É como diz no ditado popular: “para um bom entendedor, meia palavra basta”.
Na ocasião, o prefeito pessoense reafirmou que a presença do deputado Aguinaldo Ribeiro no Senado da República seria muito importante para a Paraíba. A resposta firme e forte de Cícero Lucena foi típica de quem é oriundo do sertão, cujo alvo parece ter sido endereçado àqueles políticos que fazem parte da base do Governo do Estado que a toda hora vivem pregando cizânia, e com projetos apenas de interesses pessoais. Daí não aceitarem que o governador João Azevedo formalize uma aliança com o grupo de Aguinaldo Ribeiro, pois veem no parlamentar campinense uma ameaça às suas pretensões egoístas, já previamente combinadas por eles.
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O desejo de voar, alimentado pelo homem desde tempos imemoriais, começou a ganhar chance com a invenção dos balões, a partir do Século XVIII, baseados nos estudos de Robert Boyle, um irlandês do Século XVII, que criou uma lei sobre o funcionamento dos gases.
A verdade é que a voz do prefeito Cícero Lucena ecoou dentro das hostes palacianas, a ponto de provocar um alerta na assessoria de João Azevedo, em vista que a essa altura do campeonato, depois que Aguinaldo Ribeiro e Cícero Lucena “estenderam as mãos” para o Governador, e agora provocarem um distanciamento político é pedir para jogar fora toda a estratégia de vitória para 2022.
Aliás, depois de toda esta celeuma, propositalmente criada por lideranças políticas ligadas ao governador João Azevedo, eis que o deputado Aguinaldo Ribeiro, que vinha numa ascendente de conversações com o próprio João, declarou que poderá conversar com o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues.
É evidente que a chance de composição de Aguinaldo com Romero só será possível caso a aliança entre o Progressistas e Cidadania não der certo.
Frente a todas essas movimentações, vemos que deixar de formalizar um acordo com os Progressistas de Aguinaldo Ribeiro e Cícero Lucena num momento como este é, sem sombras de dúvidas, uma temeridade, pois o governador João Azevedo estaria colocando sua reeleição em xeque-mate.
Perder o apoio político dos dois maiores centros eleitorais do estado da Paraíba, (João Pessoa e Campina Grande) em detrimento de atender às pressões políticas de Veneziano e Efraim Filho, é colocar em jogo a possibilidade das oposições firmarem alianças com os Progressistas, e assim obterem um grande agrupamento político e, por fim, poderem vencer as eleições.
Aos analistas políticos do governador João Azevedo, peço apenas que reflitam no que disse o prefeito Cícero Lucena, para depois não irem para o “muro das lamentações”, aí será tarde, “Inês será morta”. Quem viver, verá.
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Gildo Araújo
