Opinião

O Apogeu dos Ribeiros: Dois Futuros Governadores? - Por Gildo Araújo

A Paraíba até parece um estado pertencente a várias oligarquias políticas. Desde a redemocratização brasileira, o que se tem visto é um estado sendo dominado por famílias tradicionais, como a Família Cunha Lima, a Família Maranhão e até os da Vital do Rêgo cuja a história vem desde os ex-governadores Argemiro de Figueiredo e Pedro Moreno Gondim.

Foto: Internet

A Paraíba até parece um estado pertencente a várias oligarquias políticas. Desde a redemocratização brasileira, o que se tem visto é um estado sendo dominado por famílias tradicionais, como a Família Cunha Lima, a Família Maranhão e até os da Vital do Rêgo cuja a história vem desde os ex-governadores Argemiro de Figueiredo e Pedro Moreno Gondim.

Todos eles, já governaram a Paraíba, exceto os ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e o atual governador João Azevedo (PSB), ambos oriundos de movimentos populares, e que, com suas estratégias, quebraram vários paradigmas hegemônicos da política paraibana, fato que mudou a história administrativa do Estado, pois foi quando vimos a aplicação de políticas públicas mais arrojadas, mesmo tendo que enfrentar muitas resistências daqueles que queriam a todo custo o poder.

Depois de Ricardo e João, a Paraíba começa, então, a se preparar para voltar a ser administrada por mais uma família tradicional da política, a Família Ribeiro, que é oriunda do grupo da Várzea que comandou a política do Estado durante boa parte da época da ditadura militar, e era liderado pelo usineiro Agnaldo Velloso Borges, avô do deputado Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (Progressistas) e bisavô do vice-governador Lucas Ribeiro Novais de Araújo (Progressistas).

Com a possível saída do governador João Azevedo para uma disputa ao Senado Federal, a posse de Lucas Ribeiro poderá ter um significado para a população como a volta das grandes oligarquias no comando do Estado, mesmo que de forma democrática.

Diferentemente dos que governaram a Paraíba no passado, a posse do jovem Lucas Ribeiro, como novo governador da Paraíba, em 2026, deverá trazer aos paraibanos uma política mais inovadora, tendo em vista que ele mesmo poderá disputar a reeleição, ou mesmo abdicar de seu direito constitucional, para uma possível candidatura de seu tio, o habilidoso deputado federal Aguinaldo Ribeiro que este ano vem investindo de forma acentuada em sua imagem, principalmente depois de sua notória participação na relatoria da Reforma Tributária, tornando-se o parlamentar de maior destaque no Brasil.

Com essa envergadura que vem adquirindo na política nacional, é fácil observar que o olhar do deputado Aguinaldo Ribeiro talvez seja ser governador da Paraíba em 2027, talvez seja a última chance de poder assumir a cadeira no Palácio da Redenção, o que seria um grande intento para a família Ribeiro, pois teria em um curto período dois governadores, ou seja, Lucas Ribeiro (sobrinho) passando o bastão para o Tio, Aguinaldo Ribeiro.

Como a política é cheia de nuances, para que tudo isso se concretize, vai ser preciso muito jogo de cintura dos Ribeiros, o que parece já ter começado desde o momento do anúncio feito pelo próprio vice-governador Lucas Ribeiro de que, apenas um Ribeiro estará fazendo parte da chapa majoritária das eleições de 2026, um sinal importante para a consolidação de uma união de forças entre os partidos aliados os quais já indicaram João Azevedo (PSB) e Hugo Motta (Republicanos), para o senado federal, uma chapa muito forte para 2026.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba