A nomeação da vereadora campinense Eva Gouveia (PSD), esposa do saudoso Rômulo Gouveia (in memoriam), foi um dos fatos mais marcantes da política paraibana no último fim de semana.
Eva Gouveia chega junto ao Governo do Estado como uma reação ao comportamento do senador Veneziano Vital (MDB), que cada vez mais se distanciava do projeto político de João Azevedo.
Por sinal, ainda essa semana, Veneziano chegou a pedir desculpas aos jornalistas paraibanos por não querer comentar o provimento de Eva Gouveia para a Secretaria de Articulação política, numa inequívoca atitude de estranhamento, prática também sentida no seu relacionamento com o governador, sobretudo, quando procura evitar contatos pessoas com o Chefe do Executivo paraibano.
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Meus amigos, minhas amigas, meus caros leitores. O galdinista escreveu dias atrás que geralmente se considera FIM DE GOVERNO o período dos últimos 06 MESES que faltam para terminar o mandato de um governante. Esse período é muito difícil e doloroso, pois, o governante de plantão cai na real e sente na pele as consequências […]
Mas se analisarmos por outro ângulo, observamos que a movimentação do governador no caso específico de Eva Gouveia foi uma demonstração de como o Grupo Político de João – de modo geral – está de braços abertos para receber o seu mais novo correligionário ilustre, o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues Veiga.
Aliás, essa nomeação de Eva Gouveia, de forma indireta, já era dada como certa pelo governador João Azevedo quando deu uma entrevista ao jornalista Luís Torres na segunda-feira (01), em seu Programa semanal “Frente a Frente” na TV Arapuan, e na oportunidade, deixou claro que mudanças iriam acontecer na estrutura administrativa de seu Governo a partir do mês de janeiro, e confirmou: “só fica no governo quem for realmente governo”.
Porém, logo após sua entrevista criou-se entre alguns correligionários do ex-prefeito de Campina Grande um desânimo, já que havia uma expectativa de nomeações ainda durante as semanas de novembro e não no mês de janeiro, como havia anunciado o governador ao jornalista Luís Torres. Da forma como foi dito, poderia tornar inviável o encontro de João Azevedo com Romero Rodrigues.
E é neste ponto que temos que reconhecer a capacidade de aglutinação que o governador tem em sua assessoria, leia-se Nonato Bandeira e Ronaldo Guerra que, de imediato, deve ter sugerido ao governador a nomeação imediata da vereadora Eva Gouveia, trazendo assim uma maior tranquilidade para o diálogo entre João e Romero que deverá acontecer até a próxima semana.
E assim, com a possível integração de Romero Rodrigues no governo, haverá grandes mudanças no direcionamento das ações do governo em Campina Grande e região, pois, o ex-prefeito campinense deverá contemplar vários correligionários que poderão aderir ao governo de João Azevedo.
A verdade é que se dividir as ações do Governo do Estado com Romero Rodrigues, inevitavelmente o governador João Azevedo ficará quase que na obrigação de colocá-lo como vice na sua chapa, pois o “Mago de Campina” é humilde, trabalhador, agregador, e não é à toa que onde chega em Campina Grande, arrasta multidões.
Caso tudo se concretize, Romero Rodrigues será um exímio companheiro do governador, o que poderá levar à reeleição de João no primeiro turno e, diga-se de passagem, com muita folga. Quem viver, verá.
Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Gildo Araújo
