Opinião

Na política paraibana, está tudo "escrito nas estrelas?" - Por Junior Gurgel

Será que tudo isto é obra do místico “destino”, ou estava “escrito nas estrelas”? O que tramam os astros para 2022?

Em apenas duas décadas (2001/2021), as transformações ocorridas nos quadros políticos da Paraíba – com ascensões e quedas de seus principais protagonistas – exceto os alcançados pela compulsória, foi algo inimaginável e distante de qualquer previsibilidade, antevista pela crônica do quotidiano e seus futurologistas.

Em 2001 – um ano antes do pleito de 2002 – Jose Maranhão governava a Paraíba – gestão das águas – Ney Suassuna, seu grande aliado, era Senador da República licenciado e ocupando o poderoso Ministério da Integração Nacional. Popularidade em alta, já era considerado “governador em férias”. Ronaldo Cunha Lima, convalescente de um AVC – no deserto PSDB -, não sabia se ainda iria ser candidato a reeleição.

Saudosos Wilson Braga e Tarcísio Buriti – lideranças de peso por serem ex-governadores – compunham o exército imbatível das forças políticas sob o comando de José Maranhão (2001). Esperavam serem indicados como seu companheiro de chapa para o Senado. Roberto Paulino (vice) assumiria, e a vitória de Ney era inquestionável. Efraim Morais, primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, era o Escudeiro Mor de Maranhão.

Ex-governador Cássio Cunha Lima, ainda estava como prefeito de Campina Grande, já percorria todo o Estado em campanha para o governo, com apoio de Cícero Lucena prefeito da Capital. A classe politica considerava “Quixotesco” o projeto de Cássio Cunha Lima, pela falta de apoios regionais expressivos.

Uma das boas produções de Hollywood no ano de 1985, foi o filme “De Volta Para o Futuro”. Roteiro que emaranha aventura, ficção científica e comédia romântica, de estrondoso sucesso na bilheteria. Dois jovens procuraram um velho professor, que projetou um veículo para eles voltarem no tempo até 1950. E os viajantes conseguem conversar com Albert Einstein, a quem confidenciam que vinham do futuro, do ano de 1985. Na cena, Einstein se mostrando perplexo e desconfiado, Indagou: quem é o presidente dos Estados Unidos no ano 1985? Ronald Reagan, responderam os garotos. Impossível! Retruca Einstein. Um ator medíocre, presidir a grande nação Americana!?

Imaginemos esta mesma viagem do tempo realizada nos dias de hoje (2021), voltando até o ano de 2001. Quem conseguiria prevê a ascensão e queda de Ricardo Coutinho? Prefeito duas vezes da Capital, e duas vezes governador? Derrotas de Wilson Braga e Buriti para o Senado Federal? Eleição de Cássio Cunha Lima e Efraim Morais? O sonho do saudoso tribuno Vital do Rêgo ter se realizado em seus descendentes, com dois filhos, e agora sua esposa, passando pela Casa Revisora do Congresso Nacional?

Duas derrotas consecutivas do Clã Cunha Lima em Campina Grande, perdendo a Prefeitura para Veneziano Vital do Rego; duas derrotas consecutivas de Cássio Cunha Lima, após eleito e reeleito governador, disputando seus retornos ao governo e ao Senado; Daniella Ribeiro se eleger Senadora da República? Aguinaldo Ribeiro ter ocupado o Ministério das Cidades, liderança do governo na Câmara e atualmente líder da maioria? Damião Feliciano, deputado federal e sua esposa, duas vezes vice-governadora? João Azevêdo, de simples eleitor, chegar ao Governo do Estado? Será que tudo isto é obra do místico “destino”, ou estava “escrito nas estrelas”? O que tramam os astros para 2022? A derrota dos invencíveis – como 2001 – ou a vitória dos previamente derrotados?

Fonte: Junior Gurgel
Créditos: Polêmica Paraíba