opinião

Esquerdas da Paraíba depois do vendaval – Por Júnior Gurgel

Após as últimas convenções partidárias, realizadas no último 05/08/2022 – pontilhadas de contradições e surpresas – a bússola que doravante norteará o pleito de 02/11/2022 mostra sua agulha magnética apontando o “norte” da disputa nacional entre direita x esquerda. Sob este prisma, as esquerdas paraibanas ficaram presas num “serpentário”. PSDB (Pedro); Veneziano (MDB); João Azevedo (PSB). Vamos ver “cobra, engolindo cobra”, para alcançarem o segundo turno, contra a direita. Impossível uma disputa restrita apenas às esquerdas, que se dividiram para eternizar-se no poder.

Após as últimas convenções partidárias, realizadas no último 05/08/2022 – pontilhadas de contradições e surpresas – a bússola que doravante norteará o pleito de 02/11/2022 mostra sua agulha magnética apontando o “norte” da disputa nacional entre direita x esquerda. Sob este prisma, as esquerdas paraibanas ficaram presas num “serpentário”. PSDB (Pedro); Veneziano (MDB); João Azevedo (PSB). Vamos ver “cobra, engolindo cobra”, para alcançarem o segundo turno, contra a direita. Impossível uma disputa restrita apenas às esquerdas, que se dividiram para eternizar-se no poder.

Pedro Cunha Lima vinha adotando comportamento “amistoso” na sua relação parlamentar com o Governo Federal. Mas, “negou” três vezes Bolsonaro em plenário da Câmara, e deu as costas ao povo. Votou contra o Auxílio Emergencial, Piso da Enfermagem e foi favorável a “saidinha” da bandidagem de alta periculosidade, privilegiando a impunidade reinante no País. Perplexos, seus correligionários não entenderam sua decisão de disponibilizar palanque para abrigar Ciro Gomes, com quem – segundo ele – se identifica ideologicamente (?).

Governador João Azevedo (PSB) – masoquista? – ratificou seu apoio a Lula, mesmo sendo “satanizado” diuturnamente pelo PT. O quadro é de indulgência, pela pressão que sofrerá da base dos Republicanos, eleitores de Efraim, paradoxalmente companheiro de chapa de Pedro (PSDB). Será que só João não percebeu a “sabotagem” dos seus conselheiros políticos, ao lançarem Polyana Dutra para o Senado? O intuito é barrar a “máquina” e não subtrair os votos de Ricardo Coutinho. Acordo?

A esta altura o “foguete” que não engata marcha ré está sem GPS. Integra a base do presidente Jair Bolsonaro, e dificilmente atingirá seu alvo. Seu palanque atacará frontalmente a chapa do PL.  Por sua vez, Adriano Galdino presidente da ALPB – esbanjando otimismo – vê em sua “bola de cristal” a eleição de quatro deputados federais e nove estaduais. Isto sem combinar com o povo. Não sabe ele que seu irmão Murilo já está na mira do “fogo amigo”.

Premido entre Ricardo Coutinho e Gervásio Maia (presidente do PSB com Fundão Eleitoral nas mãos) o homem que desfrutava da confiança do líder Girassol está obstinado em retornar à Câmara. Adriano já foi vítima de ambos. Ricardo Coutinho forçou-o a abdicar de disputar sua reeleição para presidência da ALPB (2016). Obrigou-o a ceder, e eleger Gervásio, que conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados (2018).

A direita, que sempre foi maioria no País, passa por um processo de reorientação, e este ano vem demarcando seu espaço, separando o “joio do trigo”. Os velhos “currais eleitorais”, que sempre se reinventaram, dificilmente sobreviverão. “Boiadas” vendidas correm o risco de não serem entregues. A vinculação voluntária do voto será o primeiro passo dado pelo povo na direção de acabar “projetos de poder”, concebidos em Cortes Palacianas, usando o povo como “massa de manobra”.

Fonte: A Palavra Online
Créditos: Polêmica Paraíba