opinião

Em defesa do STF - Por Rui Leitão

Alguns fanáticos da política têm intensificado suas críticas ao STF por estar contrariando seus interesses. São pessoas que têm dificuldade em conviver com a democracia e o fortalecimento de suas instituições. O compromisso maior da Suprema Corte é com as garantias previstas na Constituição de 1988, sem qualquer vinculação política ou ideológica circunstancial. Sua atuação tem que se manter firme e republicana no exercício de sua missão, sem admitir jamais ingerência que a possa desvirtuar, como já aconteceu em tempos pretéritos.


Alguns fanáticos da política têm intensificado suas críticas ao STF por estar contrariando seus interesses. São pessoas que têm dificuldade em conviver com a democracia e o fortalecimento de suas instituições. O compromisso maior da Suprema Corte é com as garantias previstas na Constituição de 1988, sem qualquer vinculação política ou ideológica circunstancial. Sua atuação tem que se manter firme e republicana no exercício de sua missão, sem admitir jamais ingerência que a possa desvirtuar, como já aconteceu em tempos pretéritos.

Suas decisões mais recentes têm demonstrado seu reencontro com o nobre papel de guardião da Carta Magna. As reações contra as tentativas de violação do Estado Democrático de Direito têm incomodado grupos radicais que embarcam na onda do populismo e do autoritarismo. O objetivo desse pessoal é criar um clima de pressão sobre os integrantes da Corte, na expectativa de que se curvem aos seus desejos políticos. Como não estão conseguindo, manifestam-se revoltados nas redes sociais, agredindo de forma virulenta e vulgar os Ministros que os contrariam.

É perfeitamente normal que aconteçam críticas, desde que de maneira civilizada, com as discordâncias sendo apresentadas num ambiente próprio da democracia. Inadmissíveis são os discursos de ódio que estimulam um clima de tensão na sociedade, buscando coloca-la contra o Supremo. Agir dessa forma é defender o retrocesso institucional. O STF é instituição permanente e estável, essencial para que tenhamos um país mais justo e solidário, onde sejam respeitadas as garantias constitucionais. Só assim seremos uma sociedade civil comprometida com o fortalecimento da democracia.

Afinal de contas a Constituição da República é o nosso guia e o STF seu guardião e não pode se sujeitar a ameaças irresponsáveis de quem quer que seja. O inconformismo com decisões judiciais não justifica atitudes de intimidação com o intuito de constranger magistrados. Para isso o nosso ordenamento jurídico possibilita a utilização de instrumentos recursais.

 

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba