Opinião

Decisão de Romero Rodrigues definirá o seu futuro político na Paraíba - Por Gildo Araújo

A política é sempre repleta de muitas nuances, a começar pelo fato básico de que cada partido adota suas posturas “ideológicas” e estratégicas em busca de vencer as eleições e chegar ao poder. No entanto, sabe-se que para alcançar uma vitória é preciso muito diálogo entre seus principais protagonistas políticos, que são os verdadeiros mandatários dos partidos. 

Foto: Internet

A política é sempre repleta de muitas nuances, a começar pelo fato básico de que cada partido adota suas posturas “ideológicas” e estratégicas em busca de vencer as eleições e chegar ao poder. No entanto, sabe-se que para alcançar uma vitória é preciso muito diálogo entre seus principais protagonistas políticos, que são os verdadeiros mandatários dos partidos.

Ao trazer o tema especificamente para a nossa Paraíba, vemos que as conversações na capital paraibana estão bastante avançadas do ponto de vista de quem é situação e oposição. Porém, tudo o que acontece na política paraibana tem por obrigação passar por Campina Grande. Vale dizer que Campina polariza cerca de 60 municípios em seu entorno, além de ser via expressa para o cariri e sertão da Paraíba, e, principalmente, possuir dois senadores da República e cinco deputados federais, como um dia disse Gilberto Gil: “Campina Grande é meio New York”, sendo assim, dado seu valor econômico, social e sua geopolítica, os olhares da população, mais uma vez, ficam voltados para Campina Grande, esperando a decisão a qual tomará o deputado federal e ex-prefeito da Rainha da Borborema, Romero Rodrigues Veiga (Podemos).

É claro que não será uma decisão fácil, principalmente caso ele opte por deixar seu grupo e ir para a oposição. No entanto, do ponto de vista político, caso Romero venha a se alinhar com o grupo do governador em Campina Grande, pode ser justificado como uma resposta ao seu próprio grupo que lhe abandonou ao compor com o senador Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto (MDB).

Porém, nesse xadrez que a política exige, o parlamentar campinense também não pode se dar ao luxo de ficar tergiversando quando é perguntado sobre seu futuro político em relação à disputa da eleição de 2024 em Campina Grande, porque isso tem causado muitas manifestações de irritação por parte de importantes políticos no Estado, como aconteceu recentemente com o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano César Galdino de Araújo (Republicanos), quando disse que não queria mais tratar sobre a candidatura de Romero, deixando a responsabilidade do diálogo a partir de então para o presidente do Republicanos, o deputado Hugo Motta Wanderley da Nóbrega, e o seu irmão, o deputado Cássio Murilo Galdino de Araújo (Republicanos).

Diante de tudo isso, quiçá já esteja mais do que na hora do deputado Romero Rodrigues Veiga se posicionar, ou pelo menos, demonstrar um direcionamento, tendo em vista que se permanecer “em cima do muro”, poderá ser fatal para as suas futuras negociações políticas, pois pode se tornar um parlamentar pouco confiável entre seus pares quando o assunto for a construção de uma candidatura majoritária.

É preciso que Romero Rodrigues adote uma postura mais consistente, do contrário, ficará a “ver navios”, pois corre o risco, inclusive, de perder o apoio do seu atual grupo político, e dos que fazem oposição em Campina Grande que ainda espera uma posição mais firme e coesa por parte do parlamentar campinense. Essa sua “frieza” ajuda até um certo ponto, mas o momento é de decisão e se ele, Romero, que tem tudo para vencer as eleições e se projetar para 2026, permanecer com esse aparente desinteresse, ficará de fora das discussões atuais e das futuras articulações para 2026.

Até quando o deputado Romero Rodrigues permanecerá inerte em relação à política de Campina Grande? Isso é bom ou ruim para o seu futuro? Estas são as grandes indagações que o seu eleitorado faz em Campina Grande.

A verdade é que essa sua indecisão fez criar uma enorme expectativa no eleitor campinense de que ele poderia voltar a disputar essa eleição, e frustrar essa sua gente poderá lhe trazer sequelas políticas cheias de feridas difíceis de serem cicatrizadas.

O bom político é aquele que respeita e acata o sentimento popular, pois, do contrário, pode se reverter contra a própria pessoa, e aí colocar em risco o seu futuro político. Trair a confiança de seu eleitor é jogar fora todo um trabalho planejado.

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba