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As causas, dentre outras - Por Ronaldo Filho

Foto: Reprodução

Sabe aquele adolescente apaixonado, que pensa na garota o dia inteiro? Ele não tem outro assunto, até os amigos mais próximos já estão de saco cheio. É o samba de uma nota só. Foi assim que aconteceu com Bolsonaro. Ele só falava nas urnas eletrônicas. Não para enaltecê-las como fazia o garoto, mas para defenestra-las. Era uma compulsão! Os ataques não escolhiam hora nem lugar.

No insano desiderato de provar que o sistema eleitoral era falho, o presidente chegou a se reunir no palácio da Alvorada com o perigoso e afamado dublê de hacker e estelionatário, Walter Delatai, um bandido da pior espécie. Não houve crime no inusitado encontro, mas uma falha ética gravíssima.

Concluída a votação de 1º turno, o congresso que emergiu era majoritariamente conservador e bolsonarista. Por motivos óbvios, contra esse resultado o presidente Bolsonaro não se insurgiu. Pra essas eleições( deputados e senadores) a urna se prestou ao seu fim: capturar a vontade do eleitor. Foi com esse comportamento destrambelhado, somado ao negacionismo criminoso e intolerável que o presidente sucumbiu nas urnas. A cena dele exibindo uma caixa de cloroquina ( remédio imprestável para o combate à covid) foi como cavar o abismo com os próprios pés. Foi surreal! Por trás do discurso das urnas tava um golpe sendo gestado. Pra sorte do Brasil os militares não embarcaram nessa canoa furada. Do contrário o ( belo) hino nacional estaria sendo executado até em motel. Por trás do ataque à vacina, tava a burrice na sua forma mais robusta. Com uma combinação dessa- urnas e cloroquina- Bolsonaro foi à pique como um navio feito de chumbo. Não foi culpa de Lula, das urnas, do eleitor nordestino ou de quem quer que seja, a culpa foi única e exclusivamente da burrice privilegiada do ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro.

Fonte: Ronaldo Filho
Créditos: Ronaldo Filho