opinião

Ainda os debates em Rádios/Tvs e o “tamanho” das candidaturas - Por Mário Tourinho

Em artigo anterior reportamo-nos sobre a programação de debates nas emissoras de rádio e de televisão com os/as candidatos/as a cargos eletivos, em especial os ditos majoritários, que, neste ano 2022, correspondem aos de presidente da República, governador(a) e senador(a).

Em artigo anterior reportamo-nos sobre a programação de debates nas emissoras de rádio e de televisão com os/as candidatos/as a cargos eletivos, em especial os ditos majoritários, que, neste ano 2022, correspondem aos de presidente da República, governador(a) e senador(a).

Em relação às TVs sediadas na cidade de João Pessoa, e enquanto elaboramos estes escritos, o informativo radiofônico dá conta de que no domingo, 7 de agosto, a TV Manaíra/Band estará realizando seu 1º debate, enquanto que na 2ª feira seguinte (dia 8) será na TV Arapuan. Na TV Correio esse debate estaria para 29 de setembro (1º turno) e 16 de outubro (2º turno).

Antes já disséramos que os produtores desse tipo de programas buscam, obviamente, aumentar ou sustentar a audiência das respectivas emissoras, afora contribuírem para que a população melhor possa avaliar as propostas de cada candidato(a) e bem se decidir em quem votar. Mas – também dissemos – esses mesmos produtores lastimam a inexistência, no  sistema eleitoral brasileiro, de condicionamentos além daqueles de ser brasileiro(a), de idade e de filiação partidária. Não há pré-requisito, por exemplo, de um candidato a senador(a), que é o ápice da função parlamentar, já ter exercido um outro mandato legislativo.

Disséramos naquele mesmo artigo, entretanto, reconhecer que “toda regra tem exceção”… mas, “é exceção”! A exigência de alguma experiência, por exemplo, de que para presidente da República já se tivesse exercido o mandato de governador(a), este aspecto funcionaria como que uma “vitrine” para que o(a) eleitor(a) melhor avaliasse a capacidade e potencialidade do(a) candidato(a) para um cargo de maior exigência de tirocínio governamental.

Todavia, aí estão, daqui a pouco, os debates nas rádios e tvs, como o já anunciado pela TV Globo para o dia 29 de setembro com os/as candidatos/as a presidente da República. Você, leitor(a), conhece Pablo Marçal?!… (Ah, sim! Conhece-o como “influencer digital” com mais de 3 milhões de seguidores!). Conhece Sofia Manzano?!… (Também a conhece, pois foi candidata a vice-presidente na chapa de Mauro  Iasi em 2014, que obteve 0,05% dos votos (48 mil de 143 milhões de eleitores). Conhece José Maria Eymael?!… (Sim! Claro! É o mesmo que já foi candidato a presidente nada menos do que 5 vezes e que em 2018 obteve 0,04% dos quase 150 milhões dos votos). Conhece Vera Lúcia?!… (Também sim! Ela foi candidata a presidente da República em 2018 e obteve 0,05% dos votos… e já foi candidata a prefeita de Aracaju por 4 vezes, sem êxito).

Qual mesmo o objetivo de candidatos/as a determinados cargos e que eles/elas próprios/as parecem saber que não têm densidade eleitoral para vitoriarem?!… O de tornarem-se conhecidos vislumbrando  outros projetos?!… Espelham-se naquele candidato que, para presidente da República na eleição de 1989, dizia “Meu nome é Enéas!” e que, só tendo obtido 0,05% dos votos e ficado em 12º lugar, depois veio a ser o candidato a deputado federal de São Paulo com “record” de votação?!…

Há mais a dizer sobre este assunto, mas…

Fonte: Mário Tourinho
Créditos: Polêmica Paraíba