Opinião

A guerra de cada um - Por Ronaldo Filho

Foto: Reprodução/ Internet

Israel, o estado judaico no oriente médio, fundado em 1947, declarou guerra ao grupo terrorista Hamas, após uma brutal e covarde incursão em seu território, quando mais de 1.400 pessoas foram assasinadas, muitas com requinte de crueldade. Além disso mais de 150 pessoas foram sequestradas, a maioria cidadãos israelenses.

Teve início, então, a carnificina.

O exército judeu é um dos mais poderosos do planeta, inclusive detentor de armamento nuclear.
Após avisos de pouca eficácia, objetivando poupar a vida de civis, muitos dos quais crianças, a Faixa de Gaza começou a ser duramente bombardeada. Até agora mais de 3 mil pessoas já morreram. As imagens exibidas na Tv mostram uma devastação em larga escala. Vem, então, a inflexão: Israel tem todo direito à autodefesa. Todos os tratados internacionais lhe asseguram pronta reação frente à agressão sofrida. Mas há que se observar a proporcionalidade da reação.
Não se mata uma mosca usando um trator.
Não há outro caminho para que os terroristas sejam dizimados e que junto com eles não venham crianças, mulheres e idosos? Tem que haver!

Essa guerra, como todas as outras, tem, além do aspecto militar, um viés político. Nesse sentindo o Hamas vem se mostrando o vencedor.
Com sua ação de proporções inéditas, fez cessar o diálogo de Israel com alguns países do mundo Árabe, notadamente a Arábia Saudita, berço do islã.

O Irã, que desenvolve um avançado programa nuclear, está por trás do ataque terrorista do Hamas.
Tudo pode acontecer!

O presidente Biden agiu com firmeza ao enviar de pronto dois porta-aviões, cujo poder destrutivo vai além do imaginável.

Foi dado o recado.

A propósito, apesar de ninguém mais falar, a Ucrânia continua em guerra com a Rússia. Uma guerra injustificável.

Com tantas mortes, meu coração também entrou em guerra. Não tenho mísseis, foguetes, aviões ou blindados. Meu coração apenas sofre, e chora. A dor aumenta e me dilacera o peito quando vemos que o nome de Deus está a justificar muitas das atrocidades cometidas.
Esse guerra vai demorar. Muito sangue, dor e sofrimento ainda vão passar pela tela da televisão. Impotentes um pedaço de nós morre com as vítimas sem nome. Morre a cada bomba que cai, destruindo moradias, sonhos, crenças e crianças.

Fonte: Ronaldo Filho
Créditos: Ronaldo Filho