opinião

A FÓRMULA DO AMOR – Sobre pais, filhos e números da sorte - por Marcos Thomaz

"Muitas datas e números emblemáticos teimam em contrariar meu ceticismo quanto às forças cabalísticas... Devo me render as covalências!"

Eu não tenho inclinação para numerologia, esoterismo, fases da lua, astrologia ou afins…

Não sou apegado a estas crenças, ou coisa que o valha!

Mas há algo de novo no ar nesta virada de ano solar de 2020 para 2021, que despertou o meu lado transcendental, digamos assim…

Muitas datas e números emblemáticos teimam em contrariar meu ceticismo quanto às forças cabalísticas…

Devo me render as covalências!

Vejam bem. No lindo dia da graça de 17 de dezembro, também conhecido como ontem, Tomás, meu primogênito, fez 20 anos, duas décadas de vida.

No próximo dia 20 de dezembro, domingão iluminado, meu caçula Benjamin completará 4 anos.

E o papai aqui, no primeiro mês de 2021, chegará aos quarentão.

20 é metade de 40. 4 é um décimo de 40…

-O que tudo isso quer dizer?? Pergunta você aí, incauto. Não satisfeito em suscitar dúvida a um recém convertido, você, o mesmo espírito de porco, na sequência, já emenda, cheio de jocosidade e parafraseando aquele Shmidt, que não faz cesta:

-Isso não quer dizer ABSOLUTAMENTE NADA!

Além de pessoa de pouca fé, ainda quer azedar minha reconciliação com o além??

Sai pra lá coisa ruim…

Seguinte é um só. Pega a visão aí, ser sem espiritualidade…

Os frios números soltos isoladamente são apenas dados da “tabela periódica humana”.

Mas eu tô falando é de descendência e toda potência ancestral que rege esta força primária.

Se meu filho já nasceu eu agora sou um pai (desculpa IRA!).

Calma lá, não deixei de ser filho do meu velho Pel, que por sinal, fará 67 também “por estas horas”. Logo ali em fevereiro.

Pelo contrário, com meu pai aprendi a ser pai. E mirei no melhor. Um eterno transbordamento de puro amor.

Mas voltando a aritmética… Essas frações do tempo em que me dividi nos meus filhos guardam o melhor de mim.

Sem pieguice, nem romantização absoluta das dores e durezas de pais & filhos (alô Renato!).

Mas, a metade de mim que há no Tom, o torna o dobro de mim (graças).

Minha décima parte no Ben o eleva a décima potência sobre mim (“ao infinito e além”).

Assim os concebemos, assim os vemos, assim desejamos.

Sou multiplamente melhor após eles, por eles, por mim.

E amo ser pai.

Ser pai deles.

Até teimo em subverter o gênio Belchior. Não presentemente, mas definitivamente, “eu posso me considerar um sujeito de sorte”.

Ano passado morremos, mas ano quem vem não morreremos… juntos!!

Fonte: Marcos Thomaz
Créditos: Marcos Thomaz