opinião

A consciência histórica - Por Rui Leitão

O conhecimento da realidade presente fica muito mais rico quando adquirimos a consciência histórica. Investigando o passado percebemos questões e problemas vivenciados, que poderão nos ajudar a projetar as expectativas de transformação para o futuro. É a melhor forma de nos prepararmos para enfrentar o porvir, sem o risco de repetir erros, porque nos mostramos capazes de orientar nossos horizontes vindouros.

O conhecimento da realidade presente fica muito mais rico quando adquirimos a consciência histórica. Investigando o passado percebemos questões e problemas vivenciados, que poderão nos ajudar a projetar as expectativas de transformação para o futuro. É a melhor forma de nos prepararmos para enfrentar o porvir, sem o risco de repetir erros, porque nos mostramos capazes de orientar nossos horizontes vindouros.

Os valores constituídos em tempos pretéritos, quando conhecidos, nos oferecem uma concepção do curso do tempo, no acompanhamento das mudanças transitórias nas quais estão amarradas as nossas vidas. A recuperação da historicidade desses valores nos permite obter respostas nas relações entre passado/presente e futuro. Segundo Paulo Freire, essa é a forma mais eficiente de passar da “consciência ingênua para a consciência crítica”.

É importante ter o entendimento de que o sentido do passado não está restrito à perspectiva da continuidade, mas também na da mudança. Então, a consciência histórica contribui para que possamos construir um novo mundo. A História analisa personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura ou civilização. Entendendo o passado, compreenderemos melhor o presente e passaremos a atuar como agentes culturais e do exercício da cidadania.

Quem tem consciência histórica está apto a exercitar a criticidade e refletir sobre o que acontece no seu entorno, o que facilita fazer suas escolhas sociais, econômicas, culturais e políticas, na interpretação dos fatos históricos de acordo com seus contextos. Assim, ele se mostra preparado para exercer suas responsabilidades, papéis e obrigações, enquanto cidadão, cognitivamente hábil para tomar decisões de forma independente, deixando de ser marionete ou massa de manobras.

A consciência histórica dota o indivíduo da perspicácia para ver o implícito nos discursos e políticas públicas, porquanto compreende e enfrenta situações e problemas presentes com o olhar histórico sobre eles. Conhecendo a História, é possível regatar a memória da comunidade em que vive, contribuindo para reescrever a história do seu povo. O exercício democrático, portanto, não pode prescindir da “consciência histórica” dos cidadãos.

Quem se dispõe a negar a História assume a condição de alienado político. A História nos oferta a oportunidade de aprender a avaliar argumentos e decidir que posição, à luz da experiência vivida e da experiência narrada, é mais ou menos plausível, melhor ou pior, aceitável ou refutável.

Fonte: Rui Leitão
Créditos: Polêmica Paraíba