Caso Patrícia Roberta

Um mês após corpo de Patrícia Roberta ser encontrado, pai desabafa, "Estamos sobrevivendo"

"Estamos sobrevivendo. Vocês veem um homem inteiro por fora, mas quebrado por dentro. A dor ainda é muito grande", desabafa Paulo Roberto, pai de Patrícia Roberta, que morreu há um mês, na Paraíba, quando saiu de Caruaru para visitar um amigo em João Pessoa. O corpo dela foi encontrado no dia 27 de abril em uma região de mata no bairro Novo Geisel, próximo a casa de Jonathan Henrique, suspeito do crime.

“Estamos sobrevivendo. Vocês veem um homem inteiro por fora, mas quebrado por dentro. A dor ainda é muito grande”, desabafa Paulo Roberto, pai de Patrícia Roberta, que morreu há um mês, na Paraíba, quando saiu de Caruaru para visitar um amigo em João Pessoa. O corpo dela foi encontrado no dia 27 de abril em uma região de mata no bairro Novo Geisel, próximo a casa de Jonathan Henrique, suspeito do crime.

Patrícia, que é de Caruaru, veio a João Pessoa a convite de Jonathan. Eles se conheciam há cerca de 10 anos, de acordo com a Polícia Civil. Eles teriam estudado juntos em Caruaru, onde Jonathan chegou a morar.

De acordo com delegada Emília Ferraz, Patrícia confidenciou a uma prima que estava conversando com um “antigo namoradinho”. Na quinta-feira (22), ela disse à prima que Jonathan a chamou para passar o fim de semana na casa dele, para que ela conhecesse João Pessoa.

Patrícia fez sua primeira viagem interestadual. Chegou em João Pessoa na manhã de sexta-feira (23). Jonathan teria combinado de ir buscá-la, mas não foi e disponibilizou um carro por aplicativo para levá-la até a sua casa.

No sábado (24), Jonathan deixou Patrícia trancada no apartamento, dizendo que precisava resolver uma “situação”. Por chamada de vídeo com a mãe, Patrícia disse que estava triste porque eles teriam combinado de passear.

Segundo as trocas de mensagens com a mãe, Jonathan só chegou no domingo (25) no apartamento. Patrícia avisa que Jonathan chegou e que os dois iriam juntos para Caruaru. A mãe de Patrícia, Vera Lúcia, não conseguiu mais falar com a filha.

A família de Patrícia veio para a João Pessoa e registrou o desaparecimento da jovem na noite de segunda-feira (26). As polícias Civil e Militar iniciaram as buscas por Patrícia.

Os policiais foram até onde Jonathan morava, em Gramame. Na madrugada de terça-feira (27), uma testemunha contou que viu Jonathan com algo que seria um corpo enrolado em um tapete. A partir daí, a polícia iniciou as buscas por Jonathan e por esse possível corpo.

O corpo de Patrícia foi encontrado em uma mata no Novo Geisel, nas imediações de onde Jonathan morava, na tarde de terça-feira.

O laudo da morte de Patrícia Roberta foi concluído nesta quarta-feira (26). Como o processo corre em segredo de justiça, o resultado não foi divulgado.

“Como eu queria que minha filha tivesse aqui comigo nos meus braços, que eu tivesse encontrado ela abusada, machucada, mas estaria nos meus braços com vida. Nem isso me deram esse direito. Então eu só posso esperar justiça”, desabafa o pai de Patrícia.

A Polícia Civil indiciou Jonathan pelo feminicídio e pela ocultação de cadáver da jovem Patrícia Roberta. Ele está detido no Presídio do Róger, em João Pessoa. A namorada dele, Ivyna Oliveira, também foi indiciada por ocultação de cadáver.

Procurado pelo G1, o advogado de Jonathan, Rafael Garziera disse que não há uma posição sobre o indiciamento porque até hoje a Polícia Civil não concedeu à defesa o acesso à perícia. “Ficamos de mãos atadas para manifestar e traçar uma estratégia principal porque a polícia não juntou a perícia aos autos do processo que temos acesso, não sei se propositalmente ou por não terem concluído, mas vamos tomar uma medida legal para que acelerem isso ou criem uma outra alternativa”, afirmou.

O advogado de Ivyna Oliveira, namorada de Jonathan, disse que “ela nega veementemente a acusação e diz que esteve com o Jonathan durante o final de semana, e que em nenhum momento havia nada suspeito na casa relacionado à Patrícia”, disse Gustavo Botto.

Fonte: G1 PB
Créditos: Polêmica Paraíba