viajava com comitiva Bolsonaro

Sargento que transportou cocaína em avião da FAB é condenado a 14 anos de prisão por tráfico internacional de drogas

O sargento Manoel Silva Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar de Brasília a 14 anos e seis meses de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Militar por transportar 39 kg de cocaína em uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) em junho de 2019, quando viajava como membro da tripulação da comitiva do presidente Jair Bolsonaro.

O sargento Manoel Silva Rodrigues foi condenado pela Justiça Militar de Brasília a 14 anos e seis meses de prisão por tráfico internacional de drogas. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Militar por transportar 39 kg de cocaína em uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) em junho de 2019, quando viajava como membro da tripulação da comitiva do presidente Jair Bolsonaro. Cabe recurso da decisão ao STM (Superior Tribunal Militar).

O militar está preso há dois anos em Sevilha, na Espanha. Ele foi detido no aeroporto quando viajava com a droga, depois de voar de Brasília para Lisboa. No tribunal, o sargento admitiu que carregava 37 pastilhas de cocaína na mala e que a droga fora entregue a ele no Brasil.

“Quem me entregou me disse que seu destino era a Suíça e que eu deveria levá-la para a Europa”, disse Manoel, explicando em seguida que no dia de sua prisão teve que ir a um shopping para levar a droga a outro homem, que ele não conhecia.

Durante o julgamento na Espanha, o militar afirmou que estava “profundamente arrependido” e se justificou dizendo que “estava passando por dificuldades econômicas” porque “um militar no Brasil não tem um bom salário”. “Peço desculpas ao Estado e ao povo espanhol por colocá-la em seu país”, disse Manoel Rodrigues.

Desde a prisão do sargento, a PF (Polícia Federal) deflagrou cinco fases da Operação Quinta Coluna para investigar se outros militares haviam sido cooptados por um esquema de tráfico internacional de drogas. A última fase da operação, em dezembro do ano passado, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Santa Catarina.

A investigação apura lavagem de dinheiro que envolve o líder do esquema de tráfico de drogas, identificado pela polícia como Marcos Daniel Penna Borja Rodrigues Gama. Ele carregaria drogas do Brasil para a Europa em aviões oficiais, segundo as investigações.

A Justiça Federal também determinou o sequestro e o bloqueio de cinco imóveis, uma academia de ginástica, dois veículos de luxo, R$ 1,6 milhão da conta de Marcos Daniel e R$ 2 milhões referentes a um empréstimo realizado por ele.

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: r7