Cabedelo, João Pessoa e Paraíba - A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) cumpriram, nesta terça-feira(13), mandados de prisão nas cidades de João Pessoa e Cabedelo.
Porém, as corporação não revelaram os nomes dos alvos paraibanos, que supostamente integram uma célula interestadual do Comando Vermelho (CV). Importante ressaltar, que a medida também ocorre em outros estados.
De acordo com investigações, a facção “importava” criminosos de fora do Rio que tivessem capacidades operacionais específicas. Segundo o Jornal O Globo, até o momento, dez envolvidos acabaram sendo presos.
Por outro lado, havia também, o fornecimento de drogas e armamento, que posteriormente seria utilizado em eventuais expansões territoriais. Uma casa no condomínio de alto luxo Novo Leblon, na Barra da Tijuca, foi um dos endereços alvo de mandados.
Já para esta operação, que é parte da Operação Contenção, a expectativa das equipes é que possam cumprir 22 mandados de prisão. Conforme divulgação da Polícia Civil, são 39 nos municípios do Rio, Maricá e Resende, no RJ, além de endereços em São Paulo, Mato Grosso, Paraíba e Rondônia.
Em um endereço, as autoridades encontraram armamentos, incluindo de grosso calibre, além de dinheiro em espécie. Ainda não há o levantamento do total de apreensões até o momento.
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A inicativa desta terça-feira tem como objetivo cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão e de desarticular a logística para obtenção de armas e de drogas a lideranças da facção criminosa.
Segundo denúncia do Gaeco, esse núcleo do Comando Vermelho conta com bases nas comunidades Muzema, Cidade de Deus, Complexo do Alemão e Penha, na cidade do Rio; e em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense; com ramificações nos estados Paraíba, São Paulo e Mato Grosso.
Os alvos vão responder por associação para o tráfico de drogas com emprego de arma de fogo e entre estados da federação, falsidade ideológica, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de arma de fogo.
Bloqueios milionários
Conforme nota da Polícia Civil, trata-se de um esquema “minucioso e sofisticado com núcleos operando em diversas comunidades” tanto na capital como em outros estados. Acima de tudo, dentre as atividades, está a lavagem de dinheiro.
Em menos de um mês, o processo investigativo indica que houve o registro de movimentação de R$ 5 milhões. Dessa forma, houve o pedido de bloqueio de aproximadamente de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.
Por fim, em etapas anteriores da Operação Contenção, já tinha sido solicitado bloqueio de mais de R$ 6 bilhões da facção criminosa.
