campina grande

Polícia investiga abordagem policial que resultou em um adolescente baleado nas duas pernas; família alega que ele foi confundido com bandido

O jovem está internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, com estado de saúde considerado estável.

Um adolescente de 14 anos foi atingido por seis tiros nesta quarta-feira (21), no bairro Três Irmãs, em Campina Grande. De acordo com a família, ele era aluno de uma escolinha de futebol e tinha data marcada para se apresentar em um clube do estado de Alagoas, o CSA. A família do adolescente alega que ele foi confundido com um bandido.

José da Silva, pai da vítima, contou que havia saido com o carro e o pneu furou. Ele ligou para o jovem para que ele solicitasse os serviços de um borracheiro e o levasse até o local. A caminho do carro, o profissional e o adolescente foram abordados por um grupo de cinco policiais. O menor teria se assustado e corrido, dando início a uma perseguição por um dos agentes que, de acordo com a família, teria atirado.

O jovem está internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, com estado de saúde considerado estável. O médico que realizou a cirurgia informou que o paciente tem possibilidade de recuperação após período de reabilitação.

O caso aconteceu durante uma ação policial que tinha como objetivo o cumprimento de quatro mandados de prisão, no Conjunto Ronaldo Cunha Lima, contra um homem que morava na região.

A família acredita que o jovem foi confundido. “Os policiais estavam sem identificação e foram prender um homem que trabalhava como borracheiro. Meu filho estava no local, se assuntou e correu”, disse o pai do adolescente.

A Polícia Civil ouviu os agentes, testemunhas e solicitou uma perícia para informações de como o caso aconteceu e de quantos tiros foram dados. A família diz que o adolescente foi baleado seis vezes.

Em um vídeo, o delegado Kelsen Vasconcelos revelou que o adolescente foi abordado pelos policiais, mas mostrou resistência e tentou fugir. O delegado disse que o menor teria faltado com respeito à polícia. Em nota, o órgão ainda afirmou que houve “luta corporal com o agente de investigação” e que o adolescente tentou “tomar-lhe a arma e atentar contra a vida do policial”.

A família nega a versão da polícia.

Fonte: com T5
Créditos: com T5