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PM retira moradores de área de preservação ambiental no bairro de Mangabeira, em João Pessoa

Polícia foi chamada após denúncia de desmatamento e extrativismo ilegal.

Uma operação policial começou a retirar moradores de uma ocupação de moradores em área de preservação ambiental no bairro de Mangabeira 8, em João Pessoa. A ação, iniciada nesta terça-feira (10), tem apoio da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e foi realizada depois de uma denúncia de desmatamento e extrativismo ilegal.

Em contato com a Secretaria de Desenvolvimento de João Pessoa e do Estado, e a Sudema, para ter um balanço da ação e informar para onde essas famílias serão realocadas, mas não obteve resposta.

O tenente José Rusemberg disse que os moradores estavam desmatando a área e usando a madeira para construir residências.

Jéssica Araújo, representante dos moradores, disse à reportagem que a comunidade tem consciência de que está cometendo crime ambiental, mas que eles não têm outra escolha, já que não possuem abrigo ou moradia.

Ela afirmou que as famílias moram ali e fazem a extração há cerca de 8 meses e que a população está sendo retirada de maneira forçada, através da destruição das casas.

“Queremos moradia, a gente sabe que é crime ambiental, mas a gente não tem para onde ir, entendeu? São 480 famílias desabrigadas, aqui dentro dessa comunidade, vivendo de alojamento…. crianças, idosos que não têm para onde ir. Então, a gente tá fazendo apelo à prefeitura, ao estado, para ter uma posição à gente”, disse.

Fotos e materiais da área estão sendo recolhidos e serão enviadas ao Ministério Público, segundo a Sudema. O tenente Rusemberg informou que a PM tomou conhecimento da prática há pelo menos 10 dias e um trabalho de conscientização vem sendo feito.

“A Polícia Militar, junto com os outros órgãos envolvidos, somos sensíveis, mas nesse processo eles estão cometendo um ato criminoso, que é o desmatamento de uma área de preservação ambiental. Então, nós estamos fazendo esse trabalho paralelamente, conscientizando essas pessoas que essa prática que está sendo conduzida por eles é um crime”, destacou.

Fonte: G1
Créditos: G1