fatos gravíssimos

PF volta a prender blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustaquio, que veiculou vídeo com acusações a Boulos

Ordem do ministro Alexandre de Moraes considerou que ele descumpriu medidas determinadas pelo STF, como não sair de Brasília e não usar redes sociais

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em sua decisão, Moraes apontou que Eustáquio descumpriu medidas cautelares determinadas pelo STF à época de sua primeira prisão no inquérito sobre atos antidemocráticos, como a proibição de deixar Brasília sem autorização judicial e de usar redes sociais.

A PF também cumpriu busca e apreensão na sua residência, com o objetivo de apreender aparelhos eletrônicos usados por Eustáquio. O blogueiro ficará em prisão domiciliar. Eustáquio foi levado à Superintendência da PF em Brasília para que seja colocada nele tornozeleira eletrônica.

Nas últimas semanas, Eustáquio atuou em favor de Celso Russomanno (Republicanos) na campanha pela Prefeitura de São Paulo e divulgou um vídeo com acusações ao candidato do PSOL Guilherme Boulos. O vídeo foi retirado do ar por ordem da Justiça Eleitoral, que entendeu se tratar de notícias falsas.

“Impedido de frequentar as redes sociais, em data recente, o investigado desrespeitou a ordem judicial e foi autor de inúmeras fake news em que imputou crimes a candidato a prefeito da cidade de São Paulo, sendo necessária ordem judicial da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo para retirada do conteúdo”, escreveu o ministro. A PF identificou que o blogueiro viajou à capital paulista e chegou a acompanhar um debate entre candidatos a prefeito, apesar de não ter autorização judicial para deixar Brasília.

Em sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes classificou de “gravíssimos” os fatos relacionados à atuação de Oswaldo Eustáquio e afirmou que ele “insiste em descumprir as medidas que lhe foram impostas, em verdadeira afronta ao órgao judiciário e à administração da Justiça”.

 

Fonte: O Globo
Créditos: O Globo