A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), a terceira fase da Operação Insano, em parceria com a Inteligência da Previdência Social. A ação tem como objetivo aprofundar as investigações sobre um esquema criminoso que utilizava documentos médicos falsos para obter benefícios assistenciais indevidamente junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 12ª Vara Federal da Paraíba. As diligências desta etapa se concentram em reunir provas contra os envolvidos no esquema, que, segundo a PF, contava com a atuação de intermediários responsáveis por apresentar laudos médicos fraudulentos ao setor de perícias do INSS.
As investigações tiveram início após a identificação de inconsistências em documentos enviados para justificar pedidos de auxílio, o que despertou a suspeita de fraude por parte dos órgãos de controle. A partir da análise técnica dos materiais, foi possível detectar um padrão na falsificação de atestados médicos, o que levou à deflagração da operação.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato previdenciário (art. 171 do Código Penal), falsidade ideológica (art. 299) e uso de documento falso (art. 304). As penas previstas para esses crimes, somadas, podem ultrapassar 15 anos de reclusão.
A Polícia Federal informou que as investigações seguem em andamento, com a possibilidade de novas fases da operação caso surjam outros elementos que indiquem a participação de mais pessoas ou a ampliação do esquema fraudulento.
A Operação Insano faz parte dos esforços da PF e do INSS para combater fraudes e proteger os recursos da seguridade social, assegurando que os benefícios cheguem a quem realmente tem direito.