convidava vítimas para "orar"

Pastor da AD é preso suspeito de abusar sexualmente de pelo menos quatro mulheres

Um religioso de 47 anos foi acusado por quatro mulheres que frequentavam os cultos da Igreja Pentecostal Portas Abertas, no bairro Floresta, na região leste de Belo Horizonte, de praticar atos libidinosos com elas.

Um religioso de 47 anos foi acusado por quatro mulheres que frequentavam os cultos da Igreja Pentecostal Portas Abertas, no bairro Floresta, na região leste de Belo Horizonte, de praticar atos libidinosos com elas.

O pastor identificado como Alexander Ribeiro, foi preso na noite desta terça-feira (8) ao chegar para realizar um culto na igreja, acusado de violação sexual mediante fraude. De acordo com a delegada Cristiane Angelini, da Delegacia Especializada em Combate a Violência Segual, o pastor escolhia seus alvos entre mulheres que passavam por momentos de dificuldade. “Ele convidava as vítimas para fazer uma oração em uma sala dentro da igreja, quando passava a fazer investidas contra elas”, relatou a delegada.

As vítimas tinham idades entre 24 e 36 anos e eram convidadas pelo pastor a fazer orações especiais sozinhas com ele. Todas as vítimas contaram que ao encontrar com elas, o pastor fazia com que elas simulassem sexo oral em suas mãos, enfiando o dedo na boca das fieis durante as orações. “Ele usava da sua imagem de líder religioso para abusar das vítimas e aproveitava desta situação confiando que nada iria acontecer com ele”, descreveu a investigadora.

A primeira denúncia chegou até a Polícia Civil em 2018, por meio de uma denúncia anônima, mas que posteriormente outras vítimas surgiram e registraram formalmente a denúncia contra o pastor. “Nesse tipo de crime é muito comum que a vítima só perceba o que aconteceu depois de falar com uma pessoa, ou depois de refletir sobre o que aconteceu. Uma das mulheres relatou que achou o comportamento do pastor estranho e contou para uma amiga, que foi quem identificou o crime e a orientou a buscar a polícia”, afirmou a delegada.

O pastor também pegava nos peitos das vítimas e em um dos casos chegou a beijar a vítima, dizendo que estava lhe dando “o sopro da vida”. O religioso também alegava que as mulheres estavam com uma “pomba gira” e que por isso precisavam de orações. Em outras situações ele encostava as genitais contra as vítimas durante as orações privadas e até colocava a mão nos seios das mulheres durante as rezas.

As vítimas que questionaram o pastor foram  ameaçadas por ele, que dizia ter conexões religiosas, políticas e até criminosas e por isso nada iria acontecer com ele. Além das quatro mulheres que formalizaram a denúncia contra o criminoso, outras quatro fizeram denúncias anônimas relatando situações semelhantes.

As investigações tiveram início em 2018, mas se intensificaram desde o ano passado, quando as denúncias foram registradas pessoalmente por uma das vítimas. A Polícia Civil acredita que com a prisão do pastor outras vítimas possam procurar a delegacia de mulheres para fazer novas denúncias.

Ele e a esposa, que também é pastora, tinham uma conta no Instagram com quase 500 mil seguidores. O perfil do casal e da igreja foi deletado da rede social com a prisão do pastor.

A reportagem entrou em contato com a Igreja Pentecostal Portas Abertas, para que a instituição se pronunciasse sobre a prisão, mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.

Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: o tempo