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OPERAÇÃO FEIRA DE MANGAIO: ex-candidato a vereador pelo MDB é dono de empresa investigada em Cabedelo

Douglas Bernardo Azevedo, dono da empresa Meta Comércio e Serviços EIRELI, investigada na Operação Feira de Mangaio por suspeita de fraudes em licitações de várias cidades da Paraíba, foi candidato a vereador em 2016 na cidade de Cabedelo. Na época, Douglas Bernardo lançou candidatura a vereador pelo PMDB, atual MDB, e conseguiu o total de 359 votos, ficando na suplência da Câmara Municipal de Cabedelo. A cidade de Cabedelo, inclusive, é uma das cidades com mais contratações da empresa Meta, como apurou a investigação.

Douglas Bernardo Azevedo, dono da empresa Meta Comércio e Serviços EIRELI, investigada na Operação Feira de Mangaio por suspeita de fraudes em licitações de várias cidades da Paraíba, foi candidato a vereador em 2016 na cidade de Cabedelo. Na época, Douglas Bernardo lançou candidatura a vereador pelo PMDB, atual MDB, e conseguiu o total de 359 votos, ficando na suplência da Câmara Municipal de Cabedelo. A cidade de Cabedelo, inclusive, é uma das cidades com mais contratações da empresa Meta, como apurou a investigação.

A Operação Feira de Mangaio foi deflagrada nesta quarta-feira (23) pelo GAECO, CGU, TCE-PB e SEFAZ.

De acordo ainda com informações, Douglas Bernardo já trabalhou como frentista do posto de combustíveis localizado em Intermares, Cabedelo, em 2007 e 2008, e como auxiliar administrativo de pessoal na loja Rei dos Esportes entre os anos de 2009 e 2010.

Estes vínculos empregatícios foram registrados antes da abertura da empresa Meta, que tem capital social de R$ 800 mil. Os fatos chamaram atenção dos órgãos que deflagraram a Operação Feira de Mangaio. Somente em12 de março de 2018 foi aberta a empresa Meta Comércio e Serviços EIRELI, que é considerada como uma ‘multiempresa’ que, embora tenha sua atividade principal de “intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral”, engloba mais de 90 atividades secundárias que vai desde “Coleta de resíduos perigosos” a “Obras de urbanização”, passando também por “Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis” e “Aluguel de máquinas e equipamentos agrícolas sem operador”, como exemplos.

Na Eleição de 2016, Douglas declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Douglas que trabalhava como representante comercial. Neste pleito ele teve o total de R$4.140 recebidos, que teriam sido doados pelo próprio candidato.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPPB – GAECO/PB, Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE/PB), Secretaria da Fazenda do Estado da Paraíba– SEFAZ, além das Polícias Civil e Militar, sendo o primeiro trabalho realizado pelo Observatório da Gestão Pública, deflagraram na manhã desta quarta-feira (23), uma operação para desarticular grupo especializado em fraude de licitações em prefeituras da Paraíba. A Operação Feira de Mangaio apura irregularidades na contratação de grupo empresarial por diversos órgãos públicos.

 

A defesa do empresário Douglas Bernardo, citado na matéria acima, emitiu uma nota em relação ao caso. Confira abaixo:

NOTA À IMPRENSA

A defesa de DOUGLAS BERNARDO AZEVEDO, representante legal
da Empresa Meta Serviço e Comércio EIRELI, vem, através desta, apresentar
esclarecimentos acerca da operação deflagrada no dia de hoje, 23/02/2022,
denominada “Operação Feira de Mangaio”, que objetivou apurar possíveis
irregularidades em procedimentos licitatórios em órgãos públicos.
O Sr. Douglas Bernardo Azevedo, alvo de um dos oito mandados de
busca e apreensão da citada operação, está tranquilo e confiante na justiça.
Reitera que não praticou qualquer ato ilícito e todos os seus contratos
firmados com o poder público, obedeceram a todos os requisitos legais
aplicáveis.
A defesa ainda não teve acesso ao material que ensejou o deferimento
do magistrado às buscas e apreensões, por esse motivo, só se pronunciará
acerca quando tiver acesso aos autos em sua integralidade.
No mais, seguimos confiando na justiça, e, acreditando que todos os
esclarecimentos pertinentes serão demonstrados no procedimento
investigatório.
João Pessoa – PB, 23 de fevereiro de 2022

GETULIO DE SOUZA JUNIOR
OAB/PB Nº 20.686

Fonte: ClickPB
Créditos: Polêmica Paraíba