Paraíba - A Polícia Civil da Paraíba e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagraram, nesta terça-feira (30), a Operação Asfixia, em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O objetivo é descapitalizar o poderio financeiro do Comando Vermelho, facção carioca que mantém atuação no estado.
As investigações são conduzidas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/PCPB) e contam com o apoio da Unintelpol, Grupo de Operações Especiais (GOE), Grupo de Operações com Cães (GOC) e da Desarme. Até o momento, já foi realizado o bloqueio e sequestro de bens ligados à organização criminosa em valores que ultrapassam R$ 125 milhões.
Principal alvo: “Fatoka”
O foco da operação é Flávio de Lima Monteiro, conhecido como Fatoka, apontado como líder da célula do Comando Vermelho na Paraíba. Mesmo foragido e escondido em uma comunidade dominada pela facção no Rio de Janeiro, ele continuaria dando ordens para crimes no estado, especialmente em Cabedelo, onde a facção concentra maior atuação.
Além de Fatoka, outros integrantes também estariam escondidos em comunidades cariocas, para onde fugiram após ações da Secretaria da Segurança e da Defesa Social (Sesds).
Cumprimento de mandados
Ao todo, estão sendo cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 32 mandados de busca e apreensão domiciliar em cidades como João Pessoa, Cabedelo, Santa Rita, Campina Grande, Cabaceiras, Nova Floresta e no Rio de Janeiro.
Como saldo da operação, a Polícia Civil prendeu 17 suspeitos por mandados e 7 por estarem presentes junto com armas e drogas.
Na Paraíba, foram mobilizados 150 policiais, divididos em 30 equipes – 27 da Polícia Civil e três do Gaeco.
Policial ferido
Durante a operação, um policial civil de 42 anos foi baleado em Cabedelo. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, onde segue em observação pelas equipes de ortopedia e cirurgia geral. O quadro clínico é estável.