A Justiça do Distrito Federal marcou para 17 de novembro o início da ação penal contra Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Essa data marca o começo do julgamento, com oitivas de testemunhas já agendadas, incluindo ex-assessor, delegados e gerente de banco.
O processo começou após denúncia do Ministério Público do DF e indiciamento pela Polícia Civil, que transformaram Jair Renan em réu.
Segundo a Polícia Civil, Jair Renan e seu grupo criaram uma “pessoa fictícia”, chamada Antonio Amancio Alves Mandarrari, para obter empréstimos bancários não pagos. A identidade falsa foi usada para abrir conta bancária e empresas de fachada, servindo como “laranja”.
Além disso, os investigadores apontam que documentos e faturamento de empresas de Jair Renan foram forjados, utilizando dados de contadores sem consentimento, para dar respaldo à fraude.
O faturamento falso de R$ 4,6 milhões foi usado como base para obtenção do empréstimo, configurando fraude financeira, segundo os investigadores.
Quem será ouvido
Entre os primeiros depoimentos já agendados estão:
- Diego Pupe, ex-assessor de Jair Renan;
- Delegados responsáveis pelo caso;
- Gerente de banco envolvido na concessão do empréstimo.
A ação penal acontece após a Primeira Turma do STF condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado por participação em tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022