A Justiça da Paraíba mandou soltar os cinco policiais militares suspeitos de matar cinco jovens, em fevereiro deste ano, na cidade do Conde.
Ao todo, seis policiais são suspeitos pelo crime, mas quando houve uma operação para prendê-los, um deles estava fora do país e não foi preso naquela oportunidade.
Os policiais foram soltos, mas a Justiça determinou as seguintes medidas cautelares:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Afastamento imediato do serviço operacional (policiamento ostensivo ou tático);
- Proibição de manter contato com familiares das vítimas, testemunhas e demais investigados;
- Proibição de frequentar localidades próximas às residências das vítimas e seus familiares, complementando a medida de monitoração eletrônica;
- Recolhimento domiciliar no período noturno, das 20h às 5h do dia seguinte, e nos dias de folga;
- Comparecimento mensal em juízo;
- Proibição de se ausentar da comarca de suas residências por mais de 10 dias sem autorização da justiça.
No mesmo despacho, a Justiça converteu a prisão temporária em prisão preventiva do policial que está fora do país, já que ele não se apresentou e não colaborou com as investigações dentro do prazo de 30 dias, no qual estava aberto o mandado de prisão anterior.
De acordo com a Justiça, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) requereu para que os cinco presos respondessem em liberdade, com as cautelares, e que o policial fora do país seja alvo de prisão preventiva.
Os policiais estão na carceragem do 1º Batalhão da Polícia Militar e devem ser liberados na quarta-feira (10).
As investigações sobre o crime apontam indícios de homicídio por parte dos policiais, que foram presos no dia 19 de agosto. A defesa dos investigados alega que um grupo criminoso formado pelas vítimas, à época, para buscar vingança após um feminicídio na cidade teria atirado contra os policiais, que reagiram.
Foram presos presos os seguintes policiais pela suspeita do crime:
- Soldado Mikhaelson Shankley Ferreira Maciel
- Sargento Marcos Alberto de Sá Monteiro
- Sargento Wellyson Luiz de Paula
- Sargento Kobosque Imperiano Pontes
- Cabo Edvaldo Monteval Alves Marques
O Tenente Álex William de Lira Oliveira, que foi alvo de mandado de prisão preventiva, e está em viagem nos Estados Unidos, foi o que teve a prisão decretada pela Justiça após a não colaboração com as investigações e o mandado de prisão em aberto.
Em nota anterior a determinação da Justiça, a defesa dos policiais investigados afirmou que eles são inocentes.
Fonte: Jornal da Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba