MPPE

'GAME OVER': Operação do Gaeco mira esquema criminoso em jogos de azar e bancas de apostas de futebol em PE e na PB

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação contra integrantes de uma suposta organização criminosa que explora loterias eletrônicas, jogos de azar e bancas de apostas.

A operação, denominada ‘Game Over’, cumpre 17 mandados de busca e apreensão contra oito empresas e seis pessoas físicas, nas cidades pernambucanas de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Taquaritinga do Norte e Vitória de Santo Antão, além de Campina Grande, na Paraíba.

Foram apreendidos celulares, máquinas caça-níqueis, documentos contábeis, cheques, telefones celulares, notebooks, material de propaganda, wallets de criptomoedas e dinheiro. Na dede de uma das empresas foram apreendidos R$ 130 mil em espécie.

Os alvos da operação estão sendo investigados pela prática dos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos ou valores; crimes contra a ordem econômica; crimes contra a ordem tributária; crimes contra as relações de consumo e promoção, constituição, financiamento ou integração de organização criminosa.

A operação está sendo realizada com apoio das Polícias Civil e Militar de Pernambuco e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Segundo as investigações, iniciadas em 2018, foi constatado que o esquema foi montado a partir da criação de uma plataforma que permite a exploração de apostas em resultados de jogos de futebol, denominada “MarjoSports”, dando ao proprietário e demais envolvidos ganhos milionários com apostas.

Esses ganhos, em seguida, eram convertidos em ativos imobiliários e na criação de outras empresas, com a finalidade de lavar o dinheiro. De acordo com o MPPE, foi apurada uma movimentação superior a R$ 400 milhões nos últimos cinco anos, por meio de várias empresas que deram início a suas atividades bancárias sem possuírem patrimônio anterior declarado.

Ainda segundo as investigações, a organização era divulgada por artistas e chegou a patrocinar times de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro.

“A exploração de jogos de azar promovia um estilo de vida luxuoso para os integrantes da organização, em detrimento de outras modalidades de jogos permitidos que recolhem impostos que são transferidos para o bem comum da sociedade”, declarou o Gaeco.

Veja mais imagens divulgadas pelo Gaeco:

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba