
O corpo de Giovana Antonini, de 2 anos, foi sepultado neste sábado (10) no Cemitério Parque Terra Santa, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte.
A menina foi encontrada morta ao lado da mãe e da avó nessa sexta-feira (9) em um apartamento de um prédio do bairro Barro Preto, na região Centro-Sul da capital mineira.
“Você sempre terá um lugar especial em nossos corações”, diz um trecho do informativo divulgado sobre o velório da criança. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou um inquérito para apurar a morte da menina, da mãe dela (de 40 anos) e da avó (de 66). Os corpos das duas mulheres seguem no Instituto Médico Legal (IML).
Os corpos delas foram encontrados em uma mesma cama, dentro de um quarto fechado.No cômodo, também havia quatro cachorros mortos. A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esteve no local após ser acionada pela síndica do prédio, que sentiu um forte odor próximo ao apartamento. Uma carta deixada pela mãe da criança pode ajudar a esclarecer o caso.
A Polícia Militar foi acionada após a síndica do prédio sentir um “odor forte” vindo de um dos apartamentos, que fica no 13º andar. Com apoio de um chaveiro, os militares arrombaram a porta do imóvel, que estava trancada por dentro, e encontraram os corpos das vítimas em um dos quartos.
No cômodo, também foram localizadas duas bandejas e uma pequena churrasqueira com carvão queimado, elementos que serão analisados pela perícia.
As vítimas foram identificadas como Daniela Antonini, de 40 anos; sua filha Giovana Antonini, de 2 anos; e a mãe dela, Cristina Antonini, de 66 anos. Os quatro cachorros da família também foram encontrados mortos no mesmo cômodo.
Segundo informações da síndica, Raquel Perpétuo Moreira, a família era inquilina do imóvel e morava no prédio há bastante tempo, embora ela pessoalmente não a conhecesse.
ça, preocupada com o sumiço das três desde o último domingo (4), procurar a síndica do prédio. Na quinta-feira (8), ela tentou obter informações com os porteiros, sem sucesso. Na manhã de sexta, ela conseguiu falar com a síndica, que decidiu ir até o apartamento.
Ao chegar ao andar, Raquel sentiu um cheiro forte e foi alertada por uma vizinha sobre a possibilidade de vazamento de gás. A partir disso, ela acionou a polícia. Os militares entraram no imóvel e encontraram a cena.
Segundo a síndica, foi encontrada uma carta escrita por Daniela, que mencionava dificuldades financeiras e trazia um pedido de desculpas. O conteúdo foi entregue à Polícia Militar, que deve repassá-lo para análise da Polícia Civil. A carta pode ajudar a entender o que motivou as mortes, mas a investigação ainda está em andamento.
Investigação e perícia
Ainda de acordo com a PM, a avó apresentava um grau mais avançado de decomposição, o que será detalhado pela perícia. A polícia aguarda os laudos técnicos para esclarecer a causa das mortes.
A Polícia Civil esteve no local e deu início à investigação. A causa das mortes será determinada por exames periciais. Até o fechamento desta reportagem, a corporação ainda não havia divulgado conclusões preliminares sobre o caso.
O Tempo