
Paraíba - A Operação Retomada, conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba, desvendou um esquema envolvendo juiz, advogados, servidores e entidades falsas para fraudar decisões judiciais. O juiz Glauco Coutinho Marques, da comarca de Gurinhém, é acusado de proferir sentenças rápidas e suspeitas, como um caso julgado em apenas 16 minutos.
O grupo utilizava a prática de “fórum shopping” para escolher comarcas favoráveis e distribuía 230 ações coletivas por meio de associações de fachada, algumas fora do estado. Uma entidade de Mato Grosso chegou a abrir filial em Gurinhém para entrar com ação envolvendo servidores federais sem relação com a região.
Prejuízos e Impacto da Operação Retomada
A investigação aponta prejuízos de R$ 126 milhões causados a cerca de 100 mil aposentados e pensionistas em todo o país, por meio de descontos ilegais e manipulação judicial que permitia novos empréstimos e a exclusão de registros negativos no Serasa.
Além disso, advogados, servidores e entidades fictícias atuavam em conluio para burlar regras financeiras, funcionando como instituições informais e ocultando processos do Ministério Público, especialmente em casos envolvendo idosos, acelerando julgamentos sem fiscalização adequada.
*O espaço permanece aberto para manifestações das partes envolvidas