Sucessor

Com medo de invasão, facção escolhe sucessor de Rogério 157

Sucessor de Rogério 157 é escolhido para evitar invasão dos rivais

Com medo de uma invasão de rivais, criminosos do Comando Vermelho (CV) resolveram ocupar, ainda que provisoriamente, o posto de chefe do tráfico na favela da Rocinha. O escolhido para o lugar de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, é um de seus antigos aliados, José Carlos de Souza Silva, o Gênio.

Segundo informações da Polícia Civil, ele deve ficar no posto até que a cúpula da facção dê a ordem para que outro chefe assuma. Assim como Rogério, Gênio fazia parte da facção Amigos dos Amigos (ADA) e passou a integrar o CV quando teve início a guerra com Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, antigo chefe do tráfico local.

Apesar da ADA ser a facção que controlava a Rocinha até a guerra em setembro deste ano, a quadrilha está enfraquecida desde que perdeu a favela. Por isso, os criminosos do CV temem que haja uma invasão de outro rival, o Terceiro Comando Puro (TCP).

Gênio foi indiciado num inquérito da 11ª DP (Rocinha) sobre a guerra pelo controle da comunidade. Sua prisão provisória foi decretada pela Justiça. Ainda de acordo com informações da polícia, um dos criminosos que poderia assumir definitivamente o controle da Rocinha é Alberto Ribeiro Sant´anna, o Cachorrão, braço-direito de Rogério 157, mas o criminoso foi preso no mês passado. Ele é apontado como um dos articuladores da guerra na favela.

Rogério 157 foi o pivô de uma guerra que tomou conta da Rocinha no dia 17 de setembro deste ano. Na madrugada daquele dia, um bando de cerca de 60 homens invadiu a comunidade a mando de Nem da Rocinha. O objetivo de Nem — que está preso — era tomar o controle do tráfico da favela de Rogério, seu ex-aliado. Homens das Forças Armadas chegaram a ocupar a favela. Rogério, que integrava a ADA, passou para o CV.

Rogério foi preso na manhã dessa quarta-feira, durante operação na favela Parque Arará, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ele estava escondido numa casa e não resistiu à prisão.

Fonte: Extra
Créditos: Extra