Anteriormente, como ocorreu na semana passada, contratos de suco de laranja negociados na Bolsa de Valores de Nova York, continuaram operando em alta nesta segunda-feira(14). A ação tem como causa o tarifaço comercial anunciado pelo governo dos Estados Unidos.
Acima de tudo, o mercado norte-americano é destino de mais de 40% das exportações do suco de laranja do Brasil. O produto é hoje, um dos mais importantes itens vendidos pelo agronegócio brasileiro visando o comércio internacional.
Entre a safra de 2024 e 2025, o Brasil exportou para os EUA mais de 41% dos volumes de suco de laranja embarcados no respectivo período, que encerrou no último dia 30 de junho. Com relação ao faturamento, houve um montante total de cerca de US$ 1,3 bilhão. A Secretaria de Comércio Exterior foi a responsável pelo levantamento.
De acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), no mês de abril, quando o governo Trump anunciou a tarifa de 10% sobre produtos brasileiros. A avaliação seria de um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão por ano em exportações.
Além disso, a entidade estimou que o setor teria custos adicionais R$ 585 milhões por ano, tendo em conta uma estimativa de 235,5 mil toneladas exportadas aos EUA a cada 12 meses.
Entre janeiro e maio deste ano, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, o Brasil exportou 570 toneladas de suco de laranja para os EUA, somando US$ 692,2 milhões.
Para a CitrusBR, que reúne os principais exportadores do setor, o tarifaço de Trump praticamente inviabiliza as exportações para os EUA.
“Trata-se de uma condição insustentável para o setor, que não possui margem para absorver esse tipo de impacto”, diz a entidade.