Tragédia

"Sobrevivente relata caos em segundos: 'Corpos por toda parte' após acidente aéreo na Índia"

 Foto: Reprodução
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No Hospital Civil de Asarwa, em Ahmedabad, onde familiares angustiados procuravam por informações dos passageiros do voo AI171 da Air India, um sobrevivente da tragédia repousava em uma maca na enfermaria geral. Vishwash Kumar Ramesh, um britânico de 40 anos, relatou ao jornal Hindustan Times ter escapado com vida do desastre aéreo que deixou ao menos 240 mortos. Autoridades sanitárias do estado de Gujarat confirmaram que há ao menos um sobrevivente.

— Trinta segundos depois da decolagem, ouvi um barulho alto e, em seguida, o avião caiu. Tudo aconteceu muito rápido — contou Vishwash, ferido no peito, nos olhos e nos pés.

O voo, um Boeing 787-8 Dreamliner com destino a Londres Gatwick, transportava 242 pessoas — incluindo passageiros e tripulantes — e caiu poucos minutos após decolar de Ahmedabad às 13h39 (horário local) na quinta-feira, 12 de junho de 2025. Após o impacto, a aeronave pegou fogo. Este foi o primeiro acidente fatal envolvendo esse modelo de avião desde que entrou em operação em 2011.

Vishwash, cidadão britânico, havia vindo à Índia para visitar familiares e voltava ao Reino Unido ao lado do irmão, Ajay Kumar Ramesh, de 45 anos. Ainda com o cartão de embarque nas mãos, ele descreveu os instantes seguintes à queda:

— Quando acordei, havia corpos por todos os lados. Fiquei em pânico. Me levantei e saí correndo. Havia destroços do avião espalhados por todo lado. Alguém me segurou, me colocou em uma ambulância e me trouxe ao hospital — contou.

Morador de Londres há duas décadas, ele disse que sua esposa e filho também vivem na capital britânica. Vishwash ainda não conseguiu localizar o irmão, que estava sentado em outra fileira na aeronave. — Visitamos Diu juntos. Ele estava viajando comigo e agora não consigo encontrá-lo. Por favor, me ajudem a achá-lo — pediu, emocionado.

Segundo o jornal local, em outras alas do hospital, o clima era de angústia e busca frenética por informações. Familiares e amigos de passageiros percorriam os corredores em busca de notícias.

O Globo