zona de livre comércio

No G20, EUA, Canadá e México oficializam acordo que substitui o Nafta

Presidentes renovaram acordo comercial, que substitui o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), e agora passa a se chamar Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), ou T-MEC, em espanhol

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (30), durante o encontro das 20 maiores economias do mundo, a cúpula do G20, a renovação do acordo comercial entre os EUA, México e Canadá, que substitui o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), e agora passa a se chamar Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês), ou T-MEC, em espanhol.

O acordo resgata uma zona de livre comércio entre três países de US$ 1,2 trilhão que estava prestes para entrar em colapso após quase 25 anos. O acordo ainda precisa passar pela aprovação dos congressos dos três países para entrar em vigor. Na região vivem quase 500 milhões de pessoas.

A nova versão do Nafta, em vigor desde 1994 entre Estados Unidos, Canadá e México, começou a ser renegociada em 2017 por exigência do presidente americano, Donald Trump, que considerava o acordo um “desastre” para seu país.

Para Trump, o acordo é “revolucionário” e garantirá um “futuro de prosperidade e inovação” para as três nações. “Este é um modelo de acordo que muda o cenário comercial para sempre”, disse Trump, durante o anúncio do acordo comercial em Buenos Aires. Ele postou o vídeo do anúncio do acordo em seu perfil do Twitter.

Durante o anúncio, participaram também o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e o presidente do México, Enrique Peña Nieto.

Peña Nieto disse que o renovado acordo comercial abre “uma nova etapa” no relacionamento com as nações vizinhas e oferece uma base “mais inclusiva, firme e moderna” para o comércio regional.

“Os acordos comerciais não podem permanecer estáticos, eles precisam avançar de acordo com as necessidades da nossa economia”, disse Peña Nieto durante a cerimônia de assinatura, em seu último dia no cargo – no sábado assume Andrés Manuel López Obrador.

O representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo, e o ministro das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland, assinaram o pacto em Buenos Aires.

De acordo com a agência Reuters, o acordo foi fechado apesar de os últimos detalhes terem provocado atritos comerciais na véspera da assinatura.

Os países concordaram em princípio estabelecer regras para o comércio mútuo depois de um ano e meio de negociações intensas concluídas com um acordo fechado apenas uma hora antes do prazo final de 30 de setembro.

Segundo a Reuters, os pontos mais delicados do acordo ainda não haviam sido definidos apenas algumas horas antes de as autoridades se sentarem e assinarem o pacto, quando a cúpula do G20 começou em Buenos Aires.

Objetivo de Trump

O principal objetivo de Trump ao retrabalhar o Nafta era reduzir os déficits comerciais dos EUA, meta que ele também busca com a China, impondo centenas de bilhões de dólares em tarifas sobre produtos importados do gigante asiático.

Embora o novo acordo evite tarifas, ele dificultará que montadoras globais construam carros a preço reduzido no México e tem o objetivo de criar mais empregos nos Estados Unidos, afirma a agência Reuters.

O novo acordo foi visto como uma grande vitória de Trump, que obrigou o Canadá e o México a aceitarem um comércio mais restritivo com seu principal parceiro de exportação.

Fonte: G1
Créditos: G1