"Um tubarão poderia ser meu melhor amigo"

Mulher conta que fugiu de "ilha de pedófilos' nadando no mar cheio de tubarões

Sarah Ransome é uma das mulheres que testemunharam contra o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores. Ela diz que fugiu de uma “Ilha de Pedófilos” controlada por Epstein nadando com tubarões.

Ransome concedeu entrevista ao tabloide britânico Daily Telegraph nesta semana. Hoje com 35 anos, a britânica diz ter sido levada para ilha de Little Saint James, nas Ilhas Virgens Americanas, no Caribe, quando tinha 22.

Lá, a jovem teria sido estuprada por Epstein, que foi encontrado morto, em agosto, em sua cela na prisão em Nova York, onde aguardava julgamento. De acordo com a perícia, o bilionário se enforcou.

A jovem chegou à ilha particular de Epstein em 2006, atraída por uma oferta de emprego. “Ele tinha como alvo mulheres que não tinham nada, que não tinham casa. Eu estava vindo de uma relação abusiva em Edimburgo, não tinha dinheiro”, disse.

Um dia, quando Sarah diz ter sido estuprada três vezes, ela decidiu fugir da ilha a nado, num mar infestado de tubarões. Câmeras de vigilância avistaram a tentativa de fuga, e funcionários de Epstein a levaram de volta à terra firme.

“Um tubarão poderia ser até o meu melhor amigo. Sequer pensei nisso, eu só queria estar longe”, disse Sarah, que teria passado meses na ilha. Ela é apenas uma das muitas mulheres que vieram a público relatar a violência sexual sofrida por Epstein.

O esquema de tráfico sexual do bilionário, que era amigo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do ex-presidente Bill Clinton, teria durado por quase uma década. Além da ilha no Caribe, os crimes ocorreram também nas casas de Epstein em Nova York e na Flórida.

Entenda o caso

Bilionário é acusado de abusar sexualmente de meninas de 14 anos nos EUA

Jeffrey Epstein, que está preso desde sábado, foi acusado de tráfico sexual nesta segunda-feira (8). Segundo as acusações, ele atraía as meninas para casas de luxo em Nova York e na Flórida e as pagava por atos sexuais. O bilionário também tinha ligação com Trump. O bilionário americano Jeffrey Epstein, de 66 anos, foi acusado criminalmente nesta segunda-feira (8) em Nova York, nos Estados Unidos, de ter abusado de meninas de 14 anos e de operar uma rede de exploração sexual de menores. Ele foi preso no sábado (6) e compareceu ao tribunal nesta segunda, onde se declarou inocente.

Os procuradores federais que trabalham no caso pediram que o bilionário seja detido até o julgamento, dizendo que ele representa um “risco extraordinário de fuga” por causa de sua riqueza “exorbitante”, posse de aviões privados capazes de viajar internacionalmente e laços internacionais significativos, diz a Reuters.

De acordo com a acusação, Epstein coordenou uma rede, entre 2002 e 2005, que pagava centenas de dólares em dinheiro para meninas irem até suas casas de luxo, em Nova York e na Flórida, e realizarem atos sexuais, ou para recrutar outras menores com a mesma finalidade.

Amizade com Trump

“Eu conheço Jeff há quinze anos. Um cara fantástico”, disse Trump. “Ele é muito divertido. Comenta-se até que ele gosta de mulheres bonitas tanto quanto eu, e muitas delas são mais jovens. Sem dúvida, Jeffrey gosta de sua vida social”, declarou o presidente americano, segundo a Reuters.

Fonte: Yahoo Notícias
Créditos: Yahoo Notícias