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MAIS DE 50 VÍTIMAS: Mulher que se disfarça de menino para abusar sexualmente de crianças

Uma mulher se disfarçou de um garoto adolescente para abusar sexualmente de meninas depois de conhecê-las na internet.

Gemma Watts se passava por “Jake Waton”, de 16 anos, nas redes sociais e trocava fotos íntimas com as vítimas antes de encontrá-las em diversos locais da Inglaterra.

Watts, de 21 anos, moradora de Enfield, confessou no tribunal crimes sexuais envolvendo quatro meninas e foi condenada a oito anos de prisão.

A polícia acredita que ela possa ter violentado até 50 vítimas.

A Scotland Yard disse que Watts usava sua própria foto nas contas do Snapchat e Instagram como “Jake” e tinha como alvo meninas de 13 a 16 anos dando “likes” em seus perfis.

Ela usava gírias adolescentes, enviou mensagens cheias de elogios e compartilhava fotos íntimas antes de viajar para encontrá-las pessoalmente.

Watts criou uma série de contas falsas nas redes sociais para enganar as vítimas
Watts criou uma série de contas falsas nas redes sociais para enganar as vítimas

Foto: Divulgação / BBC News Brasil

Seu disfarce incluía amarrar os cabelos com um coque e usar um boné, calças esportivas e um capuz.

A polícia disse que todas as suas vítimas acreditavam estar em um relacionamento com um adolescente até que os policiais revelarem que Watts era, na verdade, uma mulher adulta.

Ela era tão convincente que até chegou a passar um tempo como “Jake” com alguns dos pais das meninas.

O tribunal ouviu duas das vítimas que desde então tentaram suicídio diversas vezes por causa das experiências traumáticas.

‘Eu o amava’

Uma garota de 14 anos disse que seu “coração explodiu” quando soube a verdade sobre Watts pela polícia.

“Meu mundo parou. Eu realmente parei de respirar… eu o amava muito”, disse ela em depoimento lido no tribunal.

Os abusos que Watts admitiu referem-se a uma menina de 13 anos de Plymouth, duas de 14 anos de Surrey e Hampshire e uma de 16 anos de West Midlands.

O promotor Barnaby Shaw disse que Watts apalpou várias vezes uma das vítimas durante pernoites regulares durante um período de três meses.

Em uma ocasião, ele disse que a garota acreditava estar tocando os órgãos genitais de Watts, mas foi enganada pelo “que deve ter sido algumas meias firmemente enroladas juntas”.

Watts ao chegar no Winchester Crown Court para receber sua sentença no Reino Unido
Watts ao chegar no Winchester Crown Court para receber sua sentença no Reino Unido

Foto: Reuters / BBC News Brasil

Em sua sentença, a juíza Susan Evans disse que Watts enganou as meninas para sua própria satisfação.

“A juventude delas, como você sabia claramente, as tornou mais ingênuas e menos propensas a perceber seu engano”, disse ela a Watts.

A investigadora Phillipa Kenwright disse que todas as vítimas “acreditavam que estavam em um relacionamento com um homem” e foram “completamente envolvidas” por Watts.

“Foi uma mudança de vida para todas as vítimas envolvidas”, acrescentou.

A policial disse acreditar que Watts pode ter enganado “de 20 a 50” vítimas no total.

Um médico em Hampshire levantou preocupações à polícia em março de 2018, depois que uma jovem paciente revelou que estava em um relacionamento com um menino mais velho.

Em julho daquele ano, Watts admitiu para os policiais que ela era sexualmente ativa como “Jake” com as três primeiras vítimas.

Ela foi libertada durante a investigação e presa novamente em outubro de 2018 pela Polícia Britânica de Transportes, que a encontrou em um trem com uma quarta vítima.

Os policiais inicialmente pensaram que Watts tinha 16 anos e a estava levando para casa em Londres antes de descobrirem sua verdadeira identidade.

Em novembro de 2019, Watts confessou uma acusação de agressão sexual, três acusações de encontrar uma criança com intenções sexuais e três acusações de abuso sexual.

O investigador Nicholas Plummer, da Polícia de Hampshire, disse que o caso é “verdadeiramente chocante”. “Serve como um lembrete para todos nós sobre do que um abusador é capaz para explorar crianças.”

“Pais e responsáveis devem ter confiança para falar com seus filhos sobre suas atividades online.”

Fonte: Terra
Créditos: Terra