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Maior infectologista dos EUA prevê nova onda de Covid-19 no país “similar à Europa”, mas com mais mortes

Assessor da Casa Branca para a pandemia, Anthony Fauci afirma que seu país se aproxima do inverno do hemisfério norte “na pior situação possível”, e não esconde sensação pessimista: “vamos sofrer muito”.

A segunda onda da pandemia do Coronavírus já é uma realidade em grande parte da Europa, coincidindo com o outono do hemisfério norte do planeta, o que indica um cenário preocupante também para os Estados Unidos, que já é o país mais afetado pela crise sanitária, com 9 milhões de infectados e 230 mil mortes, mas que poderia chegar a um quadro ainda pior em breve.

Ao menos esta é a previsão de Anthony Fauci, infectologista de maior prestígio do país e membro da equipe que assessora cientificamente o presidente estadunidense Donald Trump.

Em entrevista ao Washington Post, Fauci, afirmou que “todas as estrelas estão alinhadas no lugar errado quando você entra no outono e no inverno, com as pessoas se reunindo dentro de casa, não poderíamos estar mais mal posicionados como país”.

O infectologista comparou as estimativas com o seu país com a situação da Europa, que já enfrenta sua segunda onda. “Teremos uma situação similar, mas proporcionalmente teremos muito mais casos, e consequentemente muito mais mortes”, analisou Fauci.

“Poderíamos até ultrapassar os 100 mil novos casos diários em breve, o que levaria a um colapso sem precedentes nos hospitais, e não há um plano de contingência para enfrentar essa situação”, acrescentou o especialista.

A conclusão de Fauci é de que esse outono e inverno poderiam ser dos mais trágicos da história dos Estados Unidos. “Vamos sofrer muito. Não é uma boa situação”, concluiu o infectologista, que também disse duvidar de que uma possível vacina estadunidense possa evitar essa situação – ele lembrou que a melhor candidata estadunidense deve ser apresentada somente em janeiro de 2021, e até se iniciar uma campanha de vacinação o país já deverá estar em primavera.

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum