O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta terça-feira (17) da reunião de líderes do G7, grupo que reúne algumas das maiores economias do mundo, em Kananaskis, no oeste do Canadá. Embora o Brasil não integre oficialmente o grupo, Lula tem sido convidado para os encontros desde que reassumiu a Presidência da República, em 2023.
Durante a cúpula, Lula deve se reunir com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney, e há expectativa de um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A reunião com Zelensky ainda não foi confirmada oficialmente pelo governo brasileiro, mas, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, as equipes dos dois presidentes trabalham para encontrar uma brecha na agenda e viabilizar o diálogo.
A possível conversa entre Lula e Zelensky acontece em meio a uma relação diplomática marcada por tensões. Os líderes já trocaram críticas públicas sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia, e mantêm um histórico de divergências sobre como buscar uma solução para o conflito. Enquanto Lula defende uma saída negociada com participação de ambos os lados, Zelensky já acusou o presidente brasileiro de adotar uma postura pró-Rússia e minimizou sua influência como mediador internacional.
Em setembro de 2024, os dois chegaram a se encontrar pessoalmente em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU. Também já conversaram por telefone, mas Lula ainda não aceitou o convite para visitar a Ucrânia. Em contrapartida, já esteve na Rússia ao lado do presidente Vladimir Putin.
A reunião bilateral com o premiê canadense deve tratar de temas como segurança energética e preservação ambiental. Além disso, Lula aproveitará os encontros multilaterais para reforçar o convite aos chefes de Estado para participarem da COP 30, conferência do clima da ONU, que será realizada em novembro de 2025, em Belém do Pará.
G7
O G7 é composto por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. Os encontros do grupo são marcados por discussões sobre os principais desafios globais, incluindo mudanças climáticas, segurança internacional, economia e direitos humanos. A presença do Brasil, mesmo como convidado, é vista como uma oportunidade de ampliar o diálogo com as grandes potências e fortalecer a posição do país em temas estratégicos no cenário internacional.