Convocação

Juan Guaidó conclama população venezuelana a marchar para frente dos quartéis

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, lamentou e condenou na quinta-feira 2 as mortes registradas durantes os protestos dos últimos dias no país.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, lamentou e condenou na quinta-feira 2 as mortes registradas durantes os protestos dos últimos dias no país. O líder opositor convocou novas manifestações até os principais quartéis do país para este sábado, 4. O Escritório de Direitos Humanos da ONU atualizou nesta sexta-feira, 3, o número de manifestantes mortos durante os atos de terça e quarta. Segundo a organização, cinco pessoas foram assassinadas, entre elas três menores de idade.

A ONU confirmou a morte de um adolescente de 15 anos no estado de Mérida, dois jovens de 16 e 24 anos em Aragua e outros dois de 15 e 27 anos na região de Altamira, em Caracas. Em um comunicado divulgado por seu gabinete, Guaidó expressou “sua profunda dor e categórica condenação” diante dos assassinatos. “Estes venezuelanos são mártires libertários de nossa luta”, afirmou.

O oposicionista também convocou passeatas no sábado até os principais quartéis da Venezuela em um novo desafio ao presidente Nicolás Maduro. Guaidó afirmou que será uma “mobilização nacional de paz” para pedir que as Forças Armadas “se unam à Constituição” e cessem o apoio ao ditador.“Continuar nas ruas é a única maneira de manter a atenção, pressão, ação da comunidade internacional, estimular a atuação constitucional das Forças Armadas e demonstrar aos que ainda respaldam o ditador que não existirá estabilidade enquanto seguir a usurpação”, completou no Twitter.

Guaidó disse ainda que nesta sexta serão realizadas assembleias de rua para convocar as próximas mobilizações. Para domingo 5, marcou uma “vigília e oração pelos mártires e pela liberdade”. A convocação foi anunciada depois de Guaidó ter liderado na terça-feira, ao lado do oposicionista Leopoldo López, a rebelião de um pequeno grupo de militares na base aérea de La Carlota, em Caracas, denunciada por Maduro como uma tentativa de “golpe de Estado”.

Gauidó convocou a população a sair às ruas todos os dias até que a ditadura de Maduro seja deposta. Também afirmou que organizará greves escalonadas entre as diferentes categorias de trabalhadores nos próximos dias, até que “uma greve geral seja alcançada”. A cúpula militar, contudo, ratificou a adesão a Maduro. Até agora nenhum militar de alta patente declarou publicamente seu apoio a Guaidó.O diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Militar da Venezuela (Sebin), general Manuel Cristopher Figuera, foi preso na terça após a libertação de Leopoldo López. Ele foi acusado pelo governo de ter jurado lealdade à oposição, mas não se pronunciou oficialmente sobre o caso antes de sua detenção.

Fonte: VEJA
Créditos: Veja