suicídio

Jovem se suicida por medo de vazar suposto vídeo íntimo

Três homens do círculo de amizade da vítima estão sendo investigados por suspeita de instigação ao suicídio

Após uma manifestação contra a violência sobre as mulheres ter reunido mais de 100 mil pessoas em Roma no último fim de semana, a Polícia da Itália descobriu que uma jovem de 22 anos morta no início do mês pode ter se suicidado para evitar a divulgação de um vídeo íntimo por seus próprios “amigos”.

Michela Deriu tirou a própria vida na madrugada de 5 de novembro, na casa de uma amiga em La Maddalena, cidade litorânea situada na região da Sardenha, dois dias depois de supostamente ter sido vítima de um roubo no município sardo de Porto Torres, a 120 quilômetros de distância, onde trabalhava em um bar.

Segundo seu relato, ela teria sido dopada ao entrar em casa depois do expediente e, quando acordou, notou um grande hematoma no rosto e que os bandidos haviam levado 1 mil euros de uma bolsa. Após o suposto crime, a vítima viajou para La Maddalena, onde se suicidou.    O caso só começou a ganhar contornos mais claros na última segunda-feira (27), quando a Procuradoria de Tempio Pausania anunciou a existência de um vídeo íntimo que teria levado a jovem a se matar.

Três homens do círculo de amizade da vítima estão sendo investigados por suspeita de instigação ao suicídio, tentativa de extorsão e difamação agravada, ao supostamente terem ameaçado divulgar a gravação, que teria sido feita sem que a jovem soubesse. Uma cópia do vídeo foi encontrada no computador de um dos suspeitos. A polícia também investiga se o roubo na casa de Deriu de fato existiu – até agora nenhum indício foi encontrado – ou se foi inventado pela vítima para encobrir as chantagens que vinha sofrendo.

“Perdi uma filha da pior maneira que uma mãe pode imaginar.

Agora devemos esperar, mas estamos confiantes no trabalho dos investigadores”, disse a mãe de Deriu a uma emissora da Sardenha.

Segundo relatório divulgado na semana passada, a Itália registrou pelo menos 114 assassinatos de mulheres nos primeiros 10 meses do ano, sendo que mais de 75% deles ocorreram em ambientes familiares ou afetivos. (ANSA

Fonte: Jornal do Brasil
Créditos: Jornal do Brasil