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Fórmula de produtos de beleza pode estar ligada a câncer e mal-estar

Ingredientes disfarçados por nomes difíceis nos rótulos podem ser extremamente prejudiciais à saúde

Você já parou para ler a embalagem dos produtos da sua rotina de beleza? Seja no filtro solar, hidratante, base, máscara para cílios ou batom, as letras miúdas podem ser difíceis de interpretar. Os nomes complicados e técnicos das substâncias são outra barreira para entender o que realmente está sendo colocado no corpo.

Em 2012, uma pesquisa da organização americana Food and Drug Administration chocou o público com a análise de 400 batons diferentes. O estudo achou altos níveis de chumbo na composição dos cosméticos. A L’Óreal e a Maybelline ficaram entre as 10 primeiras com maior concentração do metal pesado, e outras marcas consagradas, como Nars e Cover Girl, também apresentaram chumbo nos seus itens de beleza.

A dermatologista da Aliança Instituto de Oncologia, Fernanda Seabra, fala que o consumidor deve ficar atento aos nomes BHA, ou buthylated hydroxyanisole, e BHT, escrito também como butylated hydroxytoluene. “Estão principalmente na composição de batons e sombras. Eles são relacionados à carcinogênese, segundo pesquisas realizadas pelo Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos”. A condição é o processo inicial de formação do câncer, fase na qual agentes capazes de gatilhar um tumor provocam modificações nos genes.

Os ftalatos são encontrados em fragrâncias e podem causar reações alérgicas e dor de cabeça. “Os parabenos estão em maquiagens, desodorantes, hidratantes, esmaltes, perfumes, cremes de barbear. Possuem atividade estrogênica e estão relacionados ao câncer de mama”, aponta Fernanda. A dermatologista Sofia Sales chama atenção aos seguintes parabenos: methilparabeno, butilparabeno e propilparabeno. Metanal também é um nome para ficar de olho.

Já o tolueno, presente em alguns rótulos, como metilbenzeno, é responsável pela causa de cefaleia (dor de cabeça intensa), tontura e até confusão mental, dependendo do tempo de exposição ao produto. O laril sulfato de sódio ou laril ester sulfato de sódio, usado em demaquilantes, pode disparar reações alérgicas.

Segundo as dermatologistas, é difícil dizer se a quantidade de uso do produto tem conexão com os malefícios sentidos. “Sabemos que os efeitos estão relacionados ao tempo de exposição”, diz Fernanda. Para Sofia, onde a substância é aplicada, e por onde será absorvida depois, também importa.

Caso algum efeito adverso seja sentido, Fernanda recomenda procurar um médico imediatamente e levar os produtos que causaram a reação. A dermatologista também indica dar preferência a cosméticos naturais. “A orientação geral é procurar maquiagens de grandes marcas, com registro na Anvisa e de preferência hipoalergênicas. Outros cuidados adicionais são sempre verificar a data de validade dos itens e o tempo de validade após abertos”, recomenda Sofia.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles