O conflito entre Israel e Irã chegou ao terceiro dia neste domingo, dia 15, com uma série de ataques com mísseis que deixaram ao menos 10 mortos e mais de 140 feridos em território israelense, segundo informações das autoridades locais. No Irã, mortos chegam a 78.
Durante a madrugada, seis pessoas morreram em Bat Yam, subúrbio de Tel Aviv, após um míssil atingir a região. Outras quatro vítimas fatais foram registradas na cidade de Tamra, no norte do país. O número de mortos desde o início da nova escalada de violência já chega a 13 em Israel.
Espaços aéreos dos dois países continuam fechados
Com a intensificação dos ataques entre Irã e Israel, os espaços aéreos dos dois países foram fechados por tempo indeterminado. Assim, voos comerciais não estão autorizados a trafegar pelo céu iraniano e israelense.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado (14) que monitora a situação das duas delegações de políticos brasileiros que cumpriam viagem oficial a Israel nesta semana – e ficaram “presas” no país com o fechamento do espaço aéreo e o agravamento da crise com o Irã.
Segundo o Itamaraty, a embaixada brasileira em Tel Aviv está em contato com as comitivas, e o ministério está em contato com o governo de Israel “para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem.”
O governo brasileiro confirmou que cerca de 50 cidadãos do país, incluindo autoridades estaduais e municipais — entre eles o governador de Rondônia e os prefeitos de Belo Horizonte e João Pessoa — permanecem em Israel após o agravamento da crise no Oriente Médio, deflagrada com um ataque israelense ao Irã na noite da última quinta-feira (12).
As comitivas estavam no país a convite do governo israelense, quando os conflitos se intensificaram, levando ao fechamento do espaço aéreo e à suspensão temporária das operações no Aeroporto Internacional Ben-Gurion, em Tel Aviv.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que a Embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato direto com os grupos brasileiros, e que foram feitas gestões diplomáticas junto ao governo de Israel para garantir a segurança das delegações e organizar seu retorno assim que houver condições seguras para isso.
O secretário brasileiro de África e Oriente Médio conversou por telefone com seu homólogo israelense e solicitou prioridade na evacuação das autoridades brasileiras. As autoridades israelenses, no entanto, têm recomendado que as comitivas estrangeiras permaneçam no país, aguardando uma mudança no cenário que permita o deslocamento com segurança — seja por via aérea ou terrestre.
Além disso, o chanceler brasileiro manteve diálogo com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, buscando uma rota alternativa de evacuação por meio daquele país, caso a situação em Israel permita, futuramente, um deslocamento terrestre até a fronteira.
Enquanto isso, o MRE reforça que os brasileiros devem evitar deslocamentos e seguir rigorosamente as orientações de segurança locais. O Itamaraty continuará monitorando de perto a situação e mantendo interlocução com os países envolvidos para garantir a integridade dos cidadãos brasileiros.
Leia a nota do Itamaraty na íntegra
O governo brasileiro tomou conhecimento da presença de duas comitivas de autoridades estaduais e municipais do País em Israel, a convite do governo local, no momento do início das hostilidades em curso, com o ataque israelense ao Irã, na noite de quinta-feira, 12/6. A operação do aeroporto Internacional de Tel Aviv foi temporariamente suspensa desde então como uma das consequências da crise.
A embaixada do Brasil em Tel Aviv está em contato com as delegações brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores fez gestão junto ao Ministério de Relações Exteriores de Israel para que ambos os grupos tenham garantias de segurança e possam retornar ao Brasil assim que as condições naquele país permitirem. O secretário de África e Oriente Médio manteve contato telefônico com seu homólogo da chancelaria israelense, ocasião em que pediu tratamento prioritário à saída em segurança das delegações brasileiras. Até o momento, autoridades israelenses têm aconselhado as comitivas estrangeiras a permanecerem no país, até que as condições permitam qualquer deslocamento desses grupos por via aérea ou terrestre.
O Ministro das Relações Exteriores manteve contato hoje com seu homólogo da Jordânia, com o objetivo de abrir uma alternativa de evacuação por aquele país, quando as condições de segurança em Israel permitam um deslocamento por terra até a fronteira