Agravamento

Chile adia eleições para Constituinte por cinco semanas após aumento nos casos de Covid-19

Embora seja um dos países mais avançados na vacinação, um novo pico de casos levou o governo a adotar um novo lockdown

Sebastian Piñera, presidente do Chile, anunciou, nesta terça-feira (06), o adiamento das eleições locais, regionais e para a Assembleia Constitucional por cinco semanas devido ao recente aumento de casos da Covid-19. Uma lei promulgada nesta terça por Piñera adiou a eleição dos membros da Assembleia Constituinte responsáveis pela redação da nova Constituição do país, de 10 e 11 de abril, para 15 e 16 de maio.

“Dada a dura reemergência e o aparecimento de novas variantes em todo o mundo, e tomando a opinião unânime da comunidade médica e da maioria do público, não parecia prudente ou conveniente realizar eleições no próximo fim de semana”, disse Pinera durante uma coletiva de imprensa. As eleições para governadores e prefeitos também foram adiadas de acordo com a mesma lei.

Até esta terça, o Chile relatou um total de 1.037.780 casos de Covid-19 e 23.734 mortes relacionadas. A taxa de ocupação da UTI no país é atualmente de 96%. Embora o Chile seja um dos países mais avançados na vacinação, um novo pico de casos levou o governo a adotar um novo lockdown. Especialistas dizem que, para que o contágio caia a níveis seguros, cerca de 70% da população devem receber as doses.

Nova Constituição

Após meses de protestos e generalizada insatisfação popular, Piñera concordou em 2019 marcar um plebiscito sobre uma nova Constituição já para o ano seguinte. Por causa do coronavírus, a votação precisou ser adiada, mas transcorreu normalmente em 25 de outubro.

Por uma ampla margem, os eleitores concordaram em mudar a Constituição e em eleger os constituintes em outro processo eleitoral. O novo texto substituirá a carta herdada da ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990), reformada durante os últimos 30 anos de democracia.

Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba